Economia

Galípolo busca autonomia e acesso a crédito mais barato para o Banco Central

Gabriel Galípolo, novo presidente do Banco Central, busca autonomia institucional. Ele planeja uma PEC para ampliar o controle orçamentário do BC e reduzir juros. Galípolo quer melhorar a comunicação do BC e combater desinformações. A primeira reunião do Copom sob sua liderança definirá a taxa Selic. Ele propõe alternativas de crédito mais baratas e acessíveis à população.

Planos do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para imprimir sua marca combinam com os do governo (Foto: Cristiano Mariz / Agência O GLOBO)

Planos do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para imprimir sua marca combinam com os do governo (Foto: Cristiano Mariz / Agência O GLOBO)

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Gabriel Galípolo, que assumiu a presidência do Banco Central no início de março de 2024, enfrenta desafios significativos, incluindo a tentativa de recriar o cargo de chefe de gabinete, que requer um decreto do presidente Lula. Apesar da autonomia do BC desde 2021, a instituição ainda depende administrativamente do governo federal. Galípolo, de 42 anos, busca reforçar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa aumentar a independência do Banco Central, especialmente em um cenário de inflação crescente, com a meta de 3% ao ano.

A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob sua liderança ocorrerá na próxima quarta-feira, onde se espera um aumento da taxa Selic de 12,25% para 13,25%. Galípolo se comprometeu a manter o foco na meta de inflação, mas enfrenta pressões políticas, especialmente do PT, que se opõe ao aumento da taxa de juros devido ao impacto negativo na atividade econômica. Ele planeja ampliar a atuação do BC e melhorar a comunicação, além de buscar formas de reduzir o custo do crédito.

Galípolo também está desenvolvendo estratégias para reduzir os spreads bancários, que representam a diferença entre a Selic e os juros cobrados nos empréstimos. Ele propõe a criação de linhas de crédito com garantias, inspirando-se em modelos de outros países, como os Estados Unidos, onde ativos são usados como colaterais. Essa abordagem visa facilitar o acesso ao crédito e combater os altos juros, que podem ultrapassar 400% ao ano em algumas modalidades.

Além disso, o novo presidente do BC pretende melhorar a comunicação da instituição com a população, buscando maior transparência e agilidade na resposta a informações falsas. Ele observa que a comunicação tradicional do BC não se alinha com a velocidade atual da disseminação de informações, o que pode prejudicar a credibilidade da autarquia. Galípolo estuda experiências internacionais para implementar novas estratégias de comunicação, enquanto lida com a expectativa do mercado em relação à autonomia do Banco Central sob sua gestão.

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