Economia

Mercado projeta Selic próxima a 16% com incertezas fiscais e tarifas de Trump

Juros futuros no Brasil subiram devido a incertezas fiscais e reajuste do Bolsa Família. Dólar encerrou em alta, impulsionado por tarifas propostas por Donald Trump. Mercado de trabalho dos EUA mostrou resiliência, com criação de 143 mil empregos. Wellington Dias afirmou que governo estuda reajuste do Bolsa Família, aumentando risco fiscal. Expectativas de Selic terminal próxima a 16% refletem preocupações com a economia local.

Mercado volta a esperar Selic perto de 16% com exterior e ruído fiscal (Foto: Pixabay)

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Os juros futuros no Brasil encerraram a sexta-feira em alta, refletindo um ambiente fiscal conturbado e um cenário externo desafiador. A precificação da Selic terminal se aproximou de 16%, influenciada por ruídos sobre um possível aumento no valor do Bolsa Família. No mercado americano, a criação de 143 mil postos de trabalho em janeiro, abaixo das expectativas, e a revisão para cima do mês anterior, impactaram os rendimentos dos Treasuries. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subiu de 14,955% para 15,02%.

O dólar à vista também encerrou o dia em alta, cotado a R$ 5,7930, após ter atingido uma mínima de R$ 5,7349. A valorização do dólar foi impulsionada por notícias sobre novas tarifas que o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende impor. A declaração do ministro do Desenvolvimento, Wellington Dias, sobre um possível reajuste no Bolsa Família devido ao aumento nos preços dos alimentos intensificou a desvalorização do real. Apesar de desmentidos da equipe econômica, o dólar permaneceu valorizado.

Os dados do mercado de trabalho dos EUA, embora abaixo do esperado, mostraram uma taxa de desemprego em 4% e um aumento de 0,48% nos salários, o que sustentou a expectativa de que o Federal Reserve não cortará juros nas próximas reuniões. O rendimento da T-note de 2 anos subiu para 4,298%, enquanto a T-note de 10 anos avançou para 4,496%. A pressão sobre os ativos brasileiros foi acentuada por declarações de Trump sobre tarifas universais.

Analistas destacam que o cenário interno é mais relevante para o câmbio do que as medidas de Trump. O superintendente de câmbio do Banco Rendimento, Jacques Zylbergeld, observa que o mercado está sensível e que o dólar pode voltar a R$ 6,00. Ele ressalta que a popularidade do presidente Lula está em queda, o que pode levar a propostas populistas, como o aumento do Bolsa Família. Zylbergeld enfatiza a importância de medidas fiscais equilibradas, alertando que propostas sem contrapartidas podem agravar a situação econômica.

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