Economia

Teto de gastos é a única solução para juros baixos, afirma economista do Itaú

Mario Mesquita, economista chefe do Itaú Unibanco, defende o retorno do teto de gastos. O teto de gastos foi substituído pelo arcabouço fiscal em 2023, no governo Lula. Mesquita destaca que o teto permitiu ao Banco Central controlar a inflação com juros baixos. O Itaú estima que o teto estabilizaria a dívida bruta em 92% do PIB até 2031. Aumento do interesse de investidores internacionais é impulsionado por juros elevados.

Fachada do Itaú (Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo)

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O economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, defende que a única forma de alcançar juros baixos no Brasil é através do retorno do teto de gastos, uma política fiscal implementada durante o governo de Michel Temer (MDB). Essa medida limitava o crescimento das despesas públicas ao índice da inflação, congelando a máquina pública e os investimentos governamentais. Mesquita argumenta que, entre as tentativas de ajuste fiscal, o teto foi o único regime que permitiu ao Banco Central controlar a inflação com taxas de juros mais baixas, comparáveis às de outros países.

O teto de gastos foi substituído pelo arcabouço fiscal em 2023, no primeiro ano do governo de Lula (PT), permitindo um crescimento das despesas entre 0,6% e 2,5% acima da inflação. Segundo estimativas do Itaú, com um PIB de 2,5% ao ano e juros reais de 6%, o teto estabilizaria a dívida bruta em 92% do PIB até 2031, ao contrário do novo modelo. Mesquita ressaltou que, apesar da eficácia do teto, ele foi rejeitado pela classe política e pela sociedade, que ainda almejam juros baixos.

Além disso, Mesquita observou um aumento no interesse de investidores internacionais pelo Brasil, especialmente em ações, derivativos de renda fixa e títulos da dívida pública. Esse movimento é impulsionado, em parte, pelos juros elevados, que tornam os ativos brasileiros mais atrativos. Ele destacou que, embora haja ceticismo entre alguns investidores, o interesse crescente é notável, com muitos enxergando oportunidades de investimento no país.

Em sua análise, Mesquita enfatizou que a política fiscal atual não é suficiente para garantir uma taxa de juros civilizada, comparável à de outras nações. Ele considera que a busca por uma política fiscal mais rigorosa é essencial para que o Brasil consiga controlar a inflação e, consequentemente, reduzir os juros de forma sustentável.

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