Economia

Copom eleva taxa Selic e sinaliza cautela diante da incerteza econômica global

Copom eleva a taxa Selic para 14,75% em meio a incertezas econômicas, enquanto inflação e desafios fiscais se intensificam.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à direita, em anúncio de investimentos na Indústria da Defesa, no Palácio do Planalto. À esquerda está Fernando Haddad (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)

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Na quarta-feira, 7 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa Selic de 14,25% para 14,75%. A medida foi tomada em meio a um cenário de alta incerteza econômica e a necessidade de cautela diante da possível desaceleração da economia mundial.

O Copom destacou que a decisão reflete a necessidade de flexibilidade na política monetária, considerando os impactos acumulados do ciclo de ajuste. A próxima reunião do comitê deve trazer mais clareza sobre a desaceleração global, especialmente em decorrência da guerra comercial. A inflação de preços livres é projetada para encerrar o ano em 5,3%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril mostrou um aumento de 5,8% nos últimos doze meses.

Desafios Futuros

A construção de uma narrativa para iniciar um ciclo de redução da taxa Selic no segundo semestre será um desafio para o Copom. A inflação dos serviços subjacentes, por exemplo, fechou em 6,7% em abril. A expectativa é que uma desaceleração da economia seja necessária para que a inflação diminua em 2025. Contudo, se essa desaceleração ocorrer apenas por limites da capacidade produtiva, a inflação pode continuar a subir.

A execução fiscal no primeiro semestre já reduziu gastos, mas a partir do terceiro trimestre, com o pagamento de precatórios e novos empréstimos consignados, a demanda pode aumentar. A política monetária contracionista pode impactar o consumo e o investimento, mas estados com caixa podem elevar investimentos, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.

Cenário Econômico

A continuidade de juros elevados e uma economia em plena carga são esperadas até as eleições. As empresas e famílias enfrentarão dificuldades com dívidas, mas a atividade econômica deve se manter. Após as eleições, um ajuste fiscal será necessário, independentemente do resultado, e a fragilidade do setor privado poderá ser um desafio significativo. O cenário econômico para 2026 se assemelha ao de 2014, com a expectativa de um ajuste fiscal em um contexto de juros altos.

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