14 de mai 2025
Banco Central eleva Selic para 14,75% e sinaliza fim do ciclo de alta dos juros
Copom sinaliza fim do ciclo de alta da Selic, mas incertezas fiscais e globais mantêm a taxa elevada. O que esperar para a economia?
Semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic de 14,25% para 14,75% ao ano (Foto: Dida Sampaio/Estadão)
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A taxa Selic foi elevada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) de 14,25% para 14,75% ao ano, refletindo a persistente inflação e a cultura de indexação na economia brasileira. A ata da última reunião do Copom, divulgada em 13 de maio, sinalizou que o ciclo de alta pode estar próximo do fim, apesar de incertezas fiscais e globais.
Economistas de instituições financeiras, como o Bank of America e o Itaú Unibanco, interpretaram a ata como uma indicação de que a Selic deve permanecer estável. O Bank of America destacou que a economia brasileira já apresenta sinais de desaceleração, especialmente no mercado de trabalho e no crédito. A projeção é que a Selic chegue a 14,25% ao final de 2025 e a 11,25% em 2026.
O Copom enfatizou que a política monetária deve continuar contracionista por um período prolongado, devido a expectativas inflacionárias desancoradas e riscos globais. A inflação projetada com a Selic atual é de 3,3%, próxima da meta estabelecida. O Santander também confirmou que o ciclo de alta da Selic pode ter terminado, observando que os efeitos da política monetária já estão visíveis na economia.
Apesar das expectativas de estabilidade, o cenário permanece desafiador. O Goldman Sachs alertou para riscos elevados de inflação no curto prazo, enquanto o Citi destacou a necessidade de cautela diante de um ambiente econômico incerto. A situação fiscal do Brasil continua a ser um fator crítico, com o governo mantendo um ritmo elevado de gastos públicos.
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