01 de jul 2025

Comprador busca imóveis menores e mais baratos para realizar sonho da casa própria
Setenta por cento dos brasileiros ajustaram suas expectativas de compra de imóveis, priorizando opções mais acessíveis e programas de financiamento.

A inflação fez disparar o IGP-M, índice que reajusta contratos de aluguel, que tiveram alta média de 6,96% segundo o IBGE. Além disso, preços de material de construção encareceram imóveis novos e reformas. Resultado: o grupo habitação acumulou alta de 13,05% em 2021. (Foto: Agência O Globo)
Ouvir a notícia:
Comprador busca imóveis menores e mais baratos para realizar sonho da casa própria
Ouvir a notícia
Comprador busca imóveis menores e mais baratos para realizar sonho da casa própria - Comprador busca imóveis menores e mais baratos para realizar sonho da casa própria
Os juros altos no Brasil, com a Selic em seu maior nível em 19 anos, não impediram os brasileiros de buscar a casa própria. Uma pesquisa do DataZAP, realizada com usuários dos portais ZAP e Viva Real, revela que 70% dos entrevistados readequaram suas expectativas na compra de imóveis.
Entre os que ajustaram suas metas, 45% são compradores de primeira viagem. Um terço dos participantes da pesquisa passou a procurar imóveis mais baratos, enquanto 16% mudaram a região de busca e 11% consideraram adquirir unidades menores do que inicialmente planejado. Marcos Leite, diretor de Receita do Grupo OLX, destaca que o mercado de trabalho tem ajudado a mitigar os efeitos do aumento da Selic, facilitando o acesso ao crédito.
O programa Minha Casa, Minha Vida se mostra fundamental nesse cenário. 54% dos entrevistados consideram utilizá-lo para a compra de imóveis. A pesquisa ainda indica que 47% veem o financiamento imobiliário como a principal forma de aquisição. A maioria, 62%, busca unidades econômicas, enquanto o segmento de médio e alto padrão enfrenta mais dificuldades devido à dependência de financiamentos tradicionais.
Segmento de Luxo
O mercado de imóveis de luxo, por outro lado, permanece aquecido. Compradores desse segmento não dependem de crédito e veem o mercado imobiliário como uma opção segura de investimento. Apesar disso, Leite alerta que a Selic elevada pode reduzir o interesse por imóveis de luxo, já que outros ativos financeiros se tornam mais atrativos.
O cenário econômico, com um PIB crescendo acima de 2% e desemprego abaixo de 7%, ainda favorece a renda dos compradores. Contudo, a maioria dos brasileiros está se adaptando a um novo padrão de compra, buscando alternativas que se encaixem em suas realidades financeiras.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.