19 de mar 2025
Renda fixa se destaca com Selic a 14,25%; ações perdem atratividade no Brasil e no exterior
Banco Central do Brasil eleva Selic a 14,25% e especialistas recomendam renda fixa. Ações enfrentam incertezas; diversificação é essencial.
— Foto: Getty Images
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O Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic para 14,25% ao ano, o maior nível em quase nove anos, tornando a renda fixa uma opção atraente para investidores. Os papéis de renda fixa, que acompanham a Selic, são recomendados para quem busca segurança e bons retornos, especialmente em um cenário onde a bolsa brasileira apresenta volatilidade e as ações americanas decepcionam. Especialistas sugerem que, apesar da bolsa estar descontada, a renda fixa deve ser priorizada, com a expectativa de que a Selic permaneça alta por um período prolongado.
Os economistas preveem que a Selic pode começar a cair no final de 2025, à medida que a inflação perca força devido a uma economia mais fraca e um dólar mais estável. No entanto, a maioria acredita que os juros continuarão elevados, possivelmente alcançando 15% ao ano no segundo trimestre. Nesse contexto, investimentos em Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Tesouro Direto e fundos DI são considerados seguros e rentáveis, com a recomendação de aumentar a alocação desses ativos na carteira de um investidor moderado de 20% para 30%.
Os papéis do Tesouro Direto que acompanham a inflação, como o Tesouro IPCA+, também são destacados como uma boa opção para investimentos de longo prazo, oferecendo proteção contra a inflação. Embora esses títulos possam oscilar em um ambiente de juros altos, a expectativa é que proporcionem retornos superiores ao CDI ao longo do tempo. Especialistas sugerem que a alocação em investimentos que acompanham a inflação deve ser aumentada de 20% para 25% na carteira de um investidor moderado.
Por outro lado, os papéis prefixados não são recomendados atualmente, mesmo com taxas superiores a 14% ao ano, devido ao risco de a inflação superar esses rendimentos. Investimentos em crédito privado, como Certificados de Recebíveis Imobiliários e Agrícolas, também apresentam riscos, especialmente em um cenário de juros altos. Especialistas aconselham cautela e sugerem que, para quem busca diversificação, a renda fixa no exterior pode ser uma alternativa viável, considerando a instabilidade do mercado brasileiro e as oportunidades em mercados mais estáveis.
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