Economia

Deflação na China acende alerta sobre demanda fraca e pressões econômicas persistentes

A inflação ao consumidor na China caiu 0,7% em fevereiro, a primeira queda em 13 meses. O núcleo da inflação também recuou, indicando fraqueza na demanda interna. O governo chinês estabeleceu meta de crescimento de 5% para 2025, reconhecendo a deflação. O setor imobiliário continua em crise, afetando a confiança do consumidor e o crescimento. A pressão deflacionária pode exigir estímulos econômicos urgentes para reverter a situação.

Painel eletrônico em Pequim traz informações sobre o Congresso Nacional do Povo na semana que passou (Foto: NaBian/Bloomberg)

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A inflação ao consumidor na China registrou uma queda significativa em fevereiro, atingindo -0,7% em relação ao ano anterior, conforme divulgado pelo National Bureau of Statistics no último domingo (9). Este resultado, que marca a primeira deflação em 13 meses, foi influenciado por fatores sazonais e reflete a persistência das pressões deflacionárias na segunda maior economia do mundo. A expectativa de analistas era de uma queda de 0,4%, o que torna o resultado ainda mais surpreendente.

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também apresentou uma diminuição de 0,1%, a primeira contração desde 2021. Além disso, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) continuou sua trajetória de queda, marcando o 29º mês consecutivo de deflação. Segundo Zhiwei Zhang, presidente da Pinpoint Asset Management, a demanda interna permanece fraca, contribuindo para a pressão deflacionária.

O governo chinês atribuiu parte da queda da inflação a uma base elevada de comparação do ano anterior, devido aos gastos durante o Ano Novo Lunar, que ocorreu em janeiro deste ano, ao contrário do ano passado, quando se estendeu até fevereiro. Economistas do Goldman Sachs estimam que o feriado reduziu a inflação do IPC em 0,7 ponto percentual. Uma análise mais clara da inflação deve surgir em março, quando os investidores esperam sinais de que o estímulo governamental está impactando a demanda interna.

A China estabeleceu uma meta de crescimento econômico de 5% para 2025, a mais baixa em mais de 20 anos, e pretende aumentar o crescimento dos preços ao consumidor para cerca de 2%. Apesar da necessidade de estímulos, o governo não anunciou medidas significativas durante a recente sessão do parlamento. A pressão sobre a economia é acentuada pela incerteza no mercado imobiliário e pela intensificação da guerra comercial com os Estados Unidos, que impacta o crescimento baseado em exportações.

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