Economia

Alemanha flexibiliza freio da dívida e aumenta gastos militares em meio a crises econômicas

Alemanha abandona a austeridade fiscal com novo fundo de € 500 bilhões e aumento nos gastos militares, impactando a governança europeia.

Vista do distrito financeiro de Frankfurt, na Alemanha - 27 de fevereiro de 2024 (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

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A Alemanha, conhecida por sua austeridade fiscal, passou por uma transformação significativa sob a liderança do chanceler Friedrich Merz. Recentemente, o país relaxou o "freio da dívida" e aprovou um fundo extraorçamentário de € 500 bilhões. Essa mudança ocorre em um contexto de crescente pressão para aumentar os gastos militares e pode impactar a governança europeia.

O "freio da dívida", que limitava o déficit anual a 0,35% do PIB, foi considerado um marco na política fiscal alemã. A emenda aprovada em março de 2025 permite que os gastos com defesa acima de 1% do PIB não sejam contabilizados na dívida. Além disso, o novo fundo destina € 100 bilhões para investimentos em infraestrutura e clima, com um prazo de doze anos para utilização.

Essas decisões refletem a necessidade de aumentar a atividade econômica, que tem enfrentado desafios, especialmente após a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia. A Alemanha também está sob pressão para elevar seus gastos militares, alinhando-se às recomendações dos Estados Unidos para que os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentem os gastos para 5% do PIB.

Impactos na Indústria de Defesa

A mudança nas finanças alemãs pode gerar complicações na governança da União Europeia. As regras fiscais atuais permitem aumento de gastos com defesa, mas dificultam o uso de fundos para infraestrutura. Para acomodar os novos gastos, pode ser necessário alterar as diretrizes fiscais da UE, aumentando o limite de 60% para 90% do PIB.

Além disso, a estratégia de focar em fornecimento interno pode fragmentar a indústria de defesa europeia. A Alemanha, que atualmente gasta menos de 2% do PIB em defesa, pode ver sua dívida aumentar, mas ainda em níveis considerados sustentáveis, conforme estimativas do think tank Bruegel.

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