02 de jul 2025

EUA continuarão a impulsionar o desenvolvimento global, afirma secretário da OCDE
Líderes globais discutem em Sevilha estratégias para enfrentar a queda de até 17% na ajuda ao desenvolvimento até 2025.

Mathias Cormann, Secretário-Geral da OCDE, durante sua entrevista ao EL PAÍS, em 1º de julho de 2025, em Sevilha, durante a 4ª Conferência da ONU sobre Financiamento para o Desenvolvimento. (Foto: Alejandro Ruesga)
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Recentemente, líderes de mais de cem países se reuniram em Sevilha para discutir o financiamento do desenvolvimento. A OCDE divulgou previsões que indicam uma queda na ajuda ao desenvolvimento entre 9% e 17% até 2025. O secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, apresentou propostas para aumentar recursos e melhorar as condições de dívida para países vulneráveis.
Cormann destacou a importância de mobilizar recursos internos e promover o financiamento em moeda local. Ele enfatizou que é essencial fazer com que cada dólar conte, especialmente em um cenário onde a ajuda está em declínio. O secretário-geral acredita que a cooperação multilateral é crucial para enfrentar os desafios do financiamento ao desenvolvimento.
Durante a cúpula, Cormann também abordou a necessidade de reformar a arquitetura financeira internacional. Ele alertou que, sem mudanças, a lacuna entre as necessidades de financiamento e os recursos disponíveis pode aumentar de 4 trilhões para 6,4 trilhões de dólares até 2030. Apesar dos desafios, ele apontou que, entre 2015 e 2022, a receita para apoiar o financiamento ao desenvolvimento cresceu 22%.
A questão da dívida também foi um tema central. Cormann mencionou que desenvolver dívidas em moeda local pode ajudar economias emergentes a mitigar riscos. Ele ressaltou que a volatilidade das taxas de câmbio pode aumentar o risco de inadimplência, especialmente em períodos de desvalorização da moeda local.
Por fim, a OCDE está colaborando com a União Africana para aumentar o investimento no continente. A criação da Plataforma Virtual de Investimento na África visa apresentar dados que combatam a percepção de risco e incentivem investimentos em países africanos. Cormann expressou otimismo em relação ao futuro da cooperação internacional e à capacidade de enfrentar os desafios do desenvolvimento.
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