Economia

Dólar em baixa impulsiona recordes de rentabilidade na dívida de países em desenvolvimento

Investidores buscam mercados emergentes, atraídos por retornos acima de 12% em títulos locais e pela desvalorização do dólar americano.

As economias da América Latina proporcionaram aos investidores alguns dos melhores retornos, com os títulos locais do México, conhecidos como Mbonos, registrando um ganho de 22% (Foto: Mayolo Lopez Gutierrez/Bloomberg)

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A volatilidade política nos Estados Unidos tem levado investidores a redirecionar seus recursos para mercados emergentes, resultando no melhor desempenho dos títulos locais em 16 anos. No primeiro semestre, esses ativos apresentaram retornos superiores a 12%, impulsionados pela queda de quase 11% do dólar americano.

A desconfiança em relação ao dólar, que caiu frente a 19 das 23 moedas emergentes mais negociadas, tem sido um fator crucial. O índice de dívida local de mercados emergentes superou os títulos em moeda forte, que registraram um aumento de apenas 5,4% no mesmo período. Edwin Gutierrez, da Aberdeen Group Plc, destacou que a magnitude da fraqueza do dólar foi inesperada, com um fluxo de recursos sem precedentes para a dívida emergente.

Atração por Ativos Emergentes

Os fundos de dívida de mercados emergentes atraíram mais de US$ 21 bilhões em 2023, com entradas contínuas nas últimas onze semanas. Lewis Jones, da William Blair Investment Management, apontou que a expectativa de cortes nas taxas de juros em países em desenvolvimento torna esses ativos ainda mais atraentes.

As economias da América Latina têm se destacado, com títulos locais do México, conhecidos como Mbonos, gerando um ganho de 22%, enquanto alguns títulos brasileiros superaram 29%. A recuperação dos papéis brasileiros se deve à expectativa de que o ciclo de alta de juros tenha chegado ao fim.

Novas Oportunidades no Mercado

Além disso, a melhora nos fundamentos econômicos de alguns mercados emergentes pode trazer novos emissores. Gana, por exemplo, planeja retomar as emissões de títulos domésticos em 2025, após a redução dos custos de empréstimos. A diminuição das tensões geopolíticas entre Israel e Irã também contribui para a atratividade dos títulos locais.

Apesar da valorização significativa, Gutierrez não planeja realizar lucros com suas posições em dívida local. Ele mantém foco em países como Colômbia, Filipinas e África do Sul. David Hauner, do Bank of America, observou que investidores estão cada vez mais interessados em Brasil, África do Sul e Turquia, indicando um processo de reavaliação da exposição aos EUA que deve se estender por vários anos.

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