28 de mar 2025
Dólar em alta e Ibovespa em queda diante da inflação nos EUA e medidas brasileiras
Dólar em alta e Ibovespa em queda refletem tensões econômicas, com inflação nos EUA e aumento do desemprego no Brasil. Acompanhe os detalhes.
Dólar (Foto: VEJA)
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Nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, o dólar encerrou o dia com uma alta de 0,13%, cotado a R$ 5,76. Em contrapartida, o Ibovespa, principal índice da B3, apresentou uma queda de 0,94%, fechando aos 132.902 pontos. O desempenho do mercado foi influenciado pela divulgação do índice de inflação dos Estados Unidos, o aumento da taxa de desemprego no Brasil e a implementação de novas medidas expansionistas pelo governo brasileiro.
O destaque internacional foi o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE), que subiu 0,3% em fevereiro, alinhando-se às expectativas do mercado. Esse aumento sugere que os juros americanos permanecerão elevados por um período prolongado, conforme analisou Christian Iarussi, especialista em investimentos. Na comparação anual, o PCE registrou um crescimento de 2,5%, o que tem levado investidores a preferirem títulos americanos em vez de ativos mais arriscados, como os de mercados emergentes.
No cenário interno, a taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, em comparação a 6,1% do trimestre anterior, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Apesar do aumento, essa taxa é 1 ponto percentual inferior à do mesmo período de 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que a inflação e o crescimento lento afetam diversos países e que o governo seguirá sua estratégia sem reações apressadas, ressaltando que "parte da inflação é o resultado do fortalecimento do dólar".
Além disso, os investidores estão avaliando a criação do Consignado CLT, que permite a contratação de crédito consignado para trabalhadores do setor privado com garantia do FGTS. Economistas alertam que essa medida pode ter um efeito inflacionário, o que, por sua vez, pode levar a juros mais altos e diminuir a atratividade da renda variável. Haddad também expressou preocupação com as decisões econômicas de Donald Trump, mas reafirmou que não há risco de conflitos comerciais entre Brasil e EUA, destacando a relação bilateral como "equilibrada e respeitosa".
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