30 de abr 2025
Starbucks apresenta resultados abaixo do esperado e ações caem quase 7%
Starbucks enfrenta desafios financeiros sob nova liderança, mas sinais de recuperação animam investidores. Acompanhe os detalhes.
Cliente da Starbucks Coffee usando o aplicativo móvel para pagar em Atlanta, Geórgia. (Foto: Jeff Greenberg | Universal Images Group | Getty Images)
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A Starbucks divulgou resultados financeiros do segundo trimestre fiscal de 2025 que ficaram abaixo das expectativas do mercado. O lucro ajustado foi de 41 centavos por ação, enquanto a receita totalizou R$ 8,76 bilhões, inferior aos R$ 8,82 bilhões previstos por analistas. Após o anúncio, as ações da empresa caíram quase 7%.
O novo CEO, Brian Niccol, que assumiu a liderança em setembro de 2024, está implementando a estratégia "Back to Starbucks". Essa abordagem prioriza investimentos em mão de obra e a redução da automação. Niccol afirmou que, apesar dos resultados financeiros ainda não refletirem o progresso, a empresa está vendo "momentum real" com sua estratégia. Ele destacou que a percentagem de lojas com crescimento positivo nas transações aumentou em 80% entre o primeiro e o segundo trimestre.
Análise do Mercado
Os analistas de Wall Street reagiram de forma mista aos resultados. O Goldman Sachs rebaixou as ações de "compra" para "neutro", reduzindo o preço-alvo de R$ 103 para R$ 85, apontando que as intenções de compra ainda não mostraram melhorias significativas. Por outro lado, a Bernstein manteve a classificação de "desempenho acima da média", mas cortou o preço-alvo de R$ 105 para R$ 90.
Morgan Stanley e Deutsche Bank também ajustaram suas previsões, mantendo uma visão otimista a longo prazo, apesar de reconhecerem que a recuperação levará tempo. O primeiro reduziu o preço-alvo de R$ 105 para R$ 95, enquanto o segundo cortou de R$ 112 para R$ 97.
Desempenho Regional
No segmento da América do Norte, as vendas líquidas cresceram apenas 2%, com uma queda de 1% nas vendas comparáveis, pior do que a expectativa de 0,9%. No entanto, houve uma melhora em relação à queda de 4% no trimestre anterior. A margem operacional da região contraiu 640 pontos base em relação ao ano anterior, devido a custos adicionais com mão de obra.
Internacionalmente, a Starbucks teve um desempenho melhor, com um aumento de 6% na receita líquida e um crescimento de 2% nas vendas comparáveis. O mercado chinês mostrou sinais de recuperação, com um aumento de 5% na receita líquida, embora as vendas comparáveis tenham permanecido estáveis.
Niccol reafirmou o compromisso da empresa com o mercado chinês, destacando a importância de ajustes nos produtos e preços para atender à concorrência. A empresa não forneceu orientações financeiras para o restante do ano fiscal de 2025.
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