31 de mai 2025
Gestores discutem impactos da nova taxação do IOF em fundos de investimento
Gestores de fundos discutem os impactos da nova alíquota do IOF, buscando ativos mais curtos e garantidos em meio a incertezas fiscais.
Foto: Reprodução
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A nova taxação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações com risco sacado gera preocupações entre gestores de fundos de investimento. Durante o programa Stock Pickers, os gestores Guilherme Legatê, da Root Capital, e Marcelo Urbano, da Augme Capital, discutiram os impactos dessa mudança tributária.
Legatê destacou que os fundos da Root têm pouca exposição a Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) com estrutura de sedente, o que minimiza os efeitos diretos da nova alíquota. Ele observou que o mercado está preocupado com a possibilidade de taxação sobre FIDCs, questionando se isso se tornará um problema para os investidores. Urbano acrescentou que a discussão envolve a definição do que constitui dívida, mencionando que a decisão do governo de tributar operações com risco sacado como empréstimos pode ter relação com o caso das Lojas Americanas.
Impactos sobre Duplicatas
Urbano alertou sobre o impacto da nova alíquota do IOF sobre fundos que compram duplicatas de curto prazo. Ele mencionou que, se a alíquota for de 2,5% e a taxa da duplicata for de 3% ao mês, a rentabilidade líquida pode ser comprometida. Isso pode resultar em custos mais altos para quem vende esses títulos, forçando uma adaptação nas estratégias de investimento.
Os gestores preveem que a nova realidade pode levar os fundos a alongar prazos de operações ou buscar alternativas como Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) e debêntures privadas. Urbano afirmou que isso pode resultar em uma reprecificação de risco devido ao novo custo tributário.
Estratégias de Alocação
Legatê detalhou a estratégia da Root Capital, que administra cerca de R$ 1,3 bilhão, com foco em crédito estruturado. O fundo Haywood, por exemplo, apresenta um histórico de seis anos e atualmente oferece um carrego elevado, em torno de CDI + 6%. Apesar do cenário desafiador, a gestora mantém 20% do capital em caixa para novas oportunidades.
A preferência da Root Capital é por ativos mais curtos e garantidos. Desde o final de 2023, a gestora intensificou alocações em operações de crédito estruturado, buscando capturar o prêmio de liquidez. Legatê concluiu que a estratégia se concentra em crédito estruturado, permitindo rentabilidades elevadas sem alongar excessivamente os prazos.
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