Economia

Previ defende equilíbrio financeiro e nega risco após auditoria aprovada pelo TCU

O TCU aprovou auditoria na Previ após déficit de R$ 14 bilhões em 2024. João Fukunaga, presidente da Previ, nega risco de desequilíbrio financeiro. A Previ gerencia R$ 270 bilhões e atende 84 mil funcionários do Banco do Brasil. O déficit não indica insolvência, mas requer planos de equacionamento após anos. A Abrapp defende a solidez do sistema de previdência complementar no Brasil.

João Fukunaga, presidente da Previ (Foto: Leo Pinheiro/Valor)

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O presidente da Previ, João Fukunaga, declarou que a fundação está em “completo equilíbrio” e dentro de sua estratégia, após a inclusão da entidade na pauta do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele considera essa ação uma tentativa política de desestabilizar sua gestão, o que, segundo ele, “só gera barulho e prejudica os beneficiários.” O TCU aprovou um pedido de urgência para auditar a Previ, que enfrenta um déficit de R$ 14 bilhões de janeiro a novembro de 2024, conforme ressaltou o ministro Walton Alencar Rodrigues.

A Previ, que administra R$ 270 bilhões em investimentos e possui 84 mil funcionários do Banco do Brasil como participantes, rebate as alegações do TCU, afirmando que já é fiscalizada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). O ministro Alencar justifica a urgência da auditoria para “conhecer toda a governança corporativa da Previ” e mapear “potenciais riscos” devido a exemplos de má gestão em fundações de estatais.

Embora a Previ tenha registrado um déficit, especialistas da consultoria Inside Pensions afirmam que isso não indica um prejuízo real, mas sim uma desvalorização temporária dos investimentos. A fundação destaca que, apesar da volatilidade em 2024, seus planos permanecem em equilíbrio, com um superávit de R$ 529 milhões no principal fundo, o Plano 1. A Previ também enfatiza que não há risco de equacionamento ou necessidade de contribuições extraordinárias.

A Abrapp, associação que representa as entidades de previdência, criticou as declarações do TCU, afirmando que a interpretação de um período específico pode distorcer a percepção sobre a solidez do sistema. A entidade ressalta que a previdência complementar fechada é um pilar da economia brasileira, administrando R$ 1,3 trilhão, equivalente a 13% do PIB. A história de ingerência política e má gestão nos fundos de pensão é um tema recorrente, com casos de corrupção e irregularidades que marcaram a trajetória das fundações ao longo das últimas décadas.

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