27 de fev 2025
Previ se defende de auditoria do TCU e nega rombo no Plano 1 após queda de R$ 14 bilhões
O fundo de pensão Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, enfrenta auditoria do TCU após desvalorização de R$ 14 bilhões em 2024, reduzindo superávit a R$ 528 milhões. Cláudio Gonçalves, diretor de investimentos, defende a gestão e a governança da Previ, afirmando que as decisões são rigorosamente analisadas. A Previ, que possui 10% da Vale (VALE3), perdeu R$ 5 bilhões com a queda de 23% das ações da mineradora, que representa 40% do portfólio de renda variável. A entidade migrou investimentos para renda fixa, aplicando R$ 12 bilhões em NTN B, visando equilibrar ativos e passivos e mitigar riscos de mercado. A auditoria, solicitada pelo ministro Walton Alencar, também investiga a indicação de João Fukunaga ao comando da Previ, em um contexto de críticas à gestão atual.
Claudio Gonçalves, diretor de investimentos da Previ (Foto: Divulgação)
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Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) estão analisando o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a Previ, após um impacto de R$ 14 bilhões no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024. Apesar do que a entidade chama de "consumo do superávit" do ano anterior, o saldo permanece positivo em R$ 528 milhões. Cláudio Gonçalves, diretor de investimentos da Previ, afirmou que a auditoria foi solicitada pelo ministro Walton Alencar e que a gestão está aberta a fornecer informações para um parecer favorável.
Gonçalves destacou que, em fundos de pensão, não se fala em lucro ou prejuízo, mas em déficit ou superávit em relação à reserva matemática necessária para pagar benefícios. O resultado de 2023 foi superavitário em R$ 14,5 bilhões, mas em 2024 o superávit caiu. Ele explicou que um plano de contingência só seria acionado se o déficit chegasse a R$ 19 bilhões, afirmando que o Plano 1 continua em equilíbrio, com uma reserva matemática de R$ 212 bilhões.
A queda do superávit foi atribuída à depreciação inesperada dos ativos, especialmente na renda variável, que representa 28% do portfólio, abaixo dos 32,5% de 2023. Gonçalves mencionou que as previsões econômicas falharam e que a Previ, acionista da Vale (VALE3) com 10% de participação, perdeu mais de R$ 5 bilhões com as ações da mineradora, que caíram 23% no ano. Ele reconheceu que a concentração em Vale é alta, mas a venda dos ativos será considerada apenas quando os preços se valorizarem.
A Previ não planeja vender ativos depreciados e já zerou posições em mais de 50 empresas para investir em renda fixa, especialmente em NTN-B, com mais de R$ 12 bilhões alocados em 2024. Essa estratégia visa equilibrar ativos e passivos, mitigando riscos de volatilidade. Gonçalves ressaltou que a Previ mantém os títulos até o vencimento, garantindo a remuneração prometida, e que a migração para renda fixa faz parte da política de investimentos para o ciclo 2025-2031.
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