17 de fev 2025
São Paulo registra 80% das vendas de imóveis com até 45 m² em 2024
Em 2024, lançamentos de imóveis compactos em São Paulo cresceram 57%, totalizando 86 mil unidades. A demanda por imóveis até 45 m² continua forte, com 81% das vendas nesse segmento. Novas regras exigem unidades maiores e vagas de garagem, impactando a oferta futura. O estoque de imóveis compactos representa 73% do total, mas unidades menores caíram 12%. A alta taxa de juros não afeta investidores de longo prazo, mantendo a liquidez no mercado.
Vista aérea de São Paulo: demanda alta na cidade por imóveis compactos (Foto: Marcos Alves/Agência O Globo)
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Os imóveis residenciais compactos, com até 45 metros quadrados, continuam a dominar o mercado imobiliário de São Paulo, representando 83% dos lançamentos em 2023, com um aumento de 57% nas unidades lançadas, totalizando mais de 86 mil. A demanda também é forte, com 81% das mais de 103 mil unidades transacionadas no ano passado se enquadrando nessa metragem. O crescimento é impulsionado por fatores como o antigo plano diretor e os lançamentos subsidiados do programa Minha Casa Minha Vida, que representaram 63% das unidades lançadas em 2024.
Apesar de novas regras que exigem que 60% da área construída de novos empreendimentos seja composta por unidades maiores que 40 m², o segmento de imóveis menores ainda apresenta um crescimento significativo. Em 2024, os lançamentos de unidades com menos de 30 m² aumentaram 80%, totalizando 23 mil unidades. A análise do mercado indica que, mesmo com a nova legislação, a demanda por imóveis compactos permanece robusta, especialmente entre o público jovem.
O estoque de imóveis compactos também cresceu, representando 73% do total de quase 61 mil imóveis residenciais disponíveis em São Paulo até o final de 2024. No entanto, houve uma queda de 12% nas unidades de até 30 m². Especialistas alertam que a concentração de studios pode impactar o mercado de locação, levando a uma possível queda nos valores mensais. O presidente do Secovi-SP, Ely Wertheim, acredita que a alta taxa de juros não afeta significativamente os investidores de longo prazo, que continuam a valorizar a renda de aluguel.
Por outro lado, a participação dos compactos na oferta de locação aumentou 10 pontos percentuais desde 2020, com um em cada quatro imóveis anunciados tendo menos de 45 m². Embora imóveis de dois quartos ainda apresentem maior liquidez, a demanda por microapartamentos tem crescido. O Goldman Sachs aponta que a inflação dos custos de construção é um desafio para as construtoras, especialmente no segmento de baixa renda, onde os preços são fixos após a venda. A Selic elevada pode impactar a economia e a dinâmica do mercado imobiliário em geral.
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