Economia

Fator Y de reajuste de medicamentos em 2025 é de 0% e preocupa analistas do setor

A CMED definiu o Fator Y em 0% para 2025, devido a saldo negativo anterior. Reajuste de preços de medicamentos ficará abaixo da inflação, impactando lucros. Mudanças tributárias podem reduzir preços ao consumidor em até 2,59%. Farmacêuticas enfrentam desafios operacionais e ajustes de estoque no curto prazo. Empresas como Hypera podem mitigar impactos com estratégias de desconto.

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Na última segunda-feira, dia 17, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) anunciou que o Fator Y para o reajuste anual de preços de medicamentos em 2025 será de 0%. Essa decisão se deve ao saldo acumulado de anos anteriores, que ficou em -2,1%, compensando o aumento da taxa de câmbio e das tarifas de energia elétrica em 2024. O Fator Y é utilizado para ajustar preços com base em custos que não são capturados pelo índice oficial de inflação, o IPCA.

Analistas da XP projetam que o reajuste de preços da CMED deve ficar ligeiramente abaixo de 4%, inferior à expectativa de 6,1% do IPCA para 2025. Além disso, o saldo acumulado deste ano foi pior do que o previsto, resultando em um deflator do Fator Y para o próximo ano. Com isso, a XP revisou suas estimativas, reduzindo o lucro líquido esperado para 2025 em cerca de 7% em média.

O BTG Pactual destaca que os varejistas farmacêuticos são considerados opções resilientes em períodos de aversão ao risco, com uma Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) de vendas de 13% desde 2000. No entanto, a expectativa de preços mais baixos pode impactar a alavancagem operacional e a dinâmica do capital de giro no curto prazo. A RD Saúde, por exemplo, tem 70% de suas vendas sujeitas à regulação de preços.

O Itaú BBA também vê o Fator Y como negativo para as farmacêuticas, prevendo um reajuste médio de 3,7%, abaixo da inflação dos últimos doze meses. Além disso, a Resolução CMED 2/2024 irá reduzir os preços máximos de medicamentos, refletindo uma diminuição na carga tributária, o que pode resultar em uma redução de até 2,59% nos preços ao consumidor. O Goldman Sachs acredita que, apesar do impacto negativo, empresas como Hypera, Blau e Viveo podem ter um efeito limitado em suas receitas, especialmente devido à estratégia de descontos em um mercado competitivo.

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