Economia

EUA cria 183 mil empregos no setor privado em janeiro, superando expectativas

O mercado de trabalho americano começou 2025 com 183 mil novos empregos em janeiro. Em fevereiro, a criação de empregos caiu para 77 mil, gerando preocupações econômicas. Tarifas de Donald Trump podem aumentar a inflação, afetando o crescimento. Salários subiram 4,7%, aumentando o poder de compra e a pressão inflacionária. Setores como lazer e hospitalidade mostraram crescimento, enquanto educação e saúde perderam vagas.

Criação de novos empregos no setor privado norte-americano ficou acima das projeções do mercado. (Foto: Tom Pennington/Getty Images/VEJA)

Criação de novos empregos no setor privado norte-americano ficou acima das projeções do mercado. (Foto: Tom Pennington/Getty Images/VEJA)

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O mercado de trabalho americano iniciou 2025 com a criação de 183 mil empregos no setor privado em janeiro, conforme relatório da ADP e Stanford Digital Economy Lab. O número superou as expectativas de 148 mil novas vagas e foi maior que as 176 mil do mês anterior. Este é o maior aumento desde outubro, quando foram geradas 233 mil vagas. Embora todos os setores tenham visto crescimento nas contratações, o setor industrial não registrou ganhos em janeiro, refletindo os esforços do presidente Donald Trump para fortalecer a indústria nacional por meio de tarifas sobre importações.

Entretanto, essas tarifas podem ter efeitos colaterais indesejados, como a pressão sobre a inflação, que já está acima da meta de 2% do Federal Reserve (Fed). O aumento de 4,7% na renda em janeiro em relação ao ano anterior, embora benéfico para os trabalhadores, pode intensificar a inflação, já que salários mais altos aumentam o poder de compra e a demanda por bens e serviços. O relatório de empregos não-agrícolas também mostrou robustez, com 256 mil novas vagas em dezembro, superando a expectativa de 164 mil, mantendo o Fed em alerta.

Em fevereiro, a criação de empregos desacelerou drasticamente, com apenas 77 mil novas contratações, bem abaixo das 186 mil de janeiro e da expectativa de 148 mil. Essa desaceleração levanta preocupações sobre um possível arrefecimento econômico e os impactos das tarifas de Trump, que podem provocar uma nova onda de inflação. A economista-chefe da ADP, Nela Richardson, destacou que a incerteza política e a desaceleração do consumo podem ter contribuído para a hesitação nas contratações.

Apesar de alguns setores, como lazer e hospitalidade, terem adicionado 41 mil empregos, outros, como comércio e serviços de saúde, enfrentaram perdas significativas. O crescimento do emprego foi mais acentuado em grandes empresas, enquanto pequenas empresas reportaram uma perda de 12 mil postos. O relatório da ADP serve como um indicativo para o relatório do Departamento do Trabalho, que deve mostrar um ganho de 170 mil empregos e uma taxa de desemprego estável em 4%.

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