Economia

Moisés Schmidt planeja a maior fazenda de cacau do mundo na Bahia com investimento de US$ 300 milhões

Moisés Schmidt investe US$ 300 milhões na Bahia para criar a maior fazenda de cacau do mundo, mirando na crise global do setor.

Produtor de cacau Moisés Schmidt em sua propriedade no oeste da Bahia. (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

Produtor de cacau Moisés Schmidt em sua propriedade no oeste da Bahia. (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

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Moisés Schmidt, um fazendeiro da Bahia, está desenvolvendo a maior fazenda de cacau do mundo, com um investimento de US$ 300 milhões. O projeto, que ocupará uma área maior que a ilha de Manhattan, visa aumentar a produção de cacau no Brasil, atualmente em 200 mil toneladas, para 1,6 milhão de toneladas em dez anos.

A fazenda, localizada em Riachão das Neves, utilizará cacaueiros de alto rendimento, totalmente irrigados e fertilizados. Schmidt planeja cultivar 1.600 árvores por hectare, em contraste com as 300 árvores das fazendas tradicionais. Essa técnica deve resultar em uma produtividade significativamente maior, com a meta de alcançar 4.000 quilos por hectare.

A crise atual no setor global de cacau, causada por doenças e mudanças climáticas na Costa do Marfim e Gana, abre oportunidades para o Brasil. Os preços do cacau dispararam, quase triplicando em 2024, o que torna o investimento em grandes plantações mais atraente. Schmidt acredita que o Brasil pode se tornar um polo importante na produção de cacau.

A Schmidt Agrícola, que já cultiva mais de 35 mil hectares de soja, milho e algodão, está em negociações com grandes empresas do setor, como a Cargill e a Barry Callebaut. Essas parcerias visam garantir o fornecimento de cacau e desenvolver projetos de expansão. A Barry Callebaut, por exemplo, está investindo em uma fazenda de 5.000 hectares na Bahia.

Entretanto, especialistas alertam para os riscos associados a plantações em larga escala, como a vulnerabilidade a doenças devido à monocultura. Karina Peres Gramacho, fitopatologista da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), destaca a importância de diversificar as variedades de cacau cultivadas. A qualidade do cacau produzido sob luz solar direta também é uma preocupação, embora testes iniciais não tenham mostrado diferenças significativas em sabor.

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