Economia

Fraudes no INSS revelam captura da seguridade social por interesses privados

Fraudes no INSS e empréstimos consignados revelam um sistema que agrava o superendividamento, exigindo urgente reavaliação do crédito.

Agência do INSS na região central de São Paulo da Previdência Social (Foto: Rafaela Araujo - 18.jul.24/Folhapress)

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As fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelam a desigualdade de poder entre aposentados e grupos econômicos influentes. As denúncias anteriores focavam em associações que realizavam descontos indevidos. Agora, novas fraudes surgem relacionadas a empréstimos consignados, com práticas que agravam o superendividamento.

O aumento da margem consignável e a adoção de modelos de crédito predatórios exigem uma reavaliação do sistema de crédito. O crédito consignado, criado em dois mil e três, inicialmente limitava o desconto em folha a 30% da renda. Com o tempo, essa margem foi ampliada para 45% em dois mil e vinte e dois, incluindo modalidades como o cartão de crédito consignado.

O volume total de empréstimos consignados saltou de R$ 7 bilhões em dois mil e três para R$ 625 bilhões em dois mil e vinte e quatro. Esse crescimento levanta suspeitas sobre contratações fraudulentas. Além disso, a criação de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, em dois mil e vinte e dois, levantou questões sobre a motivação política por trás dessas liberações.

Modelos Predatórios

Os modelos de crédito predatórios, como o "crédito do trabalhador", introduzido em dois mil e vinte e cinco, permitem o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia. Essa modalidade já liberou R$ 8 bilhões em poucas semanas, com projeções de alcançar R$ 120 bilhões. Sem mudanças, o cenário pode levar ao acúmulo de dívidas, criando o perfil do "eterno endividado".

As mudanças na margem consignável e os crescentes descontos em folha comprometem a renda das famílias. Fraudes e modelos predatórios estão interligados, exigindo uma revisão urgente do sistema. A situação atual perpetua o superendividamento, disfarçado de inclusão financeira e política social.

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