Economia

Chanel registra queda de 30% no lucro e enfrenta desafios no mercado de luxo

Chanel enfrenta queda de 30% no lucro operacional e 4,3% nas receitas, impactada pela redução de vendas na China e incertezas econômicas.

A queda ocorreu em um momento em que o mercado de luxo luta para sair de um período de crescimento lento causado, em parte, pelos compradores chineses que estão reduzindo suas compras caras. (Foto: SeongJoon Cho)

A queda ocorreu em um momento em que o mercado de luxo luta para sair de um período de crescimento lento causado, em parte, pelos compradores chineses que estão reduzindo suas compras caras. (Foto: SeongJoon Cho)

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A Chanel, uma das marcas mais renomadas do setor de luxo, anunciou uma queda de 30% em seu lucro operacional e uma redução de 4,3% nas receitas em 2023. A empresa atribui esses resultados à diminuição das vendas na China e à volatilidade macroeconômica global. O lucro operacional caiu para US$ 4,48 bilhões, enquanto a região que inclui a China, responsável por cerca de metade da receita da marca, registrou uma queda de 7,1% nas vendas.

A CEO da Chanel, Leena Nair, destacou que a marca enfrentou um período de crescimento sem precedentes nos três anos anteriores, quando as receitas quase dobraram. No entanto, a atual desaceleração no mercado de luxo, especialmente entre os consumidores chineses, impactou negativamente as vendas. A empresa também anunciou cortes de empregos e adiou aumentos de preços devido a incertezas tarifárias.

Desafios e Estratégias

O diretor financeiro da Chanel, Philippe Blondiaux, afirmou que a empresa está ajustando sua estrutura organizacional para enfrentar a mudança de ciclo. Ele mencionou que a marca monitorará os custos para estabilizar as margens e que o número de funcionários deve permanecer estável após um aumento de 5,1% no ano anterior. Recentemente, a Chanel cortou 70 empregos nos Estados Unidos.

A marca investiu cerca de US$ 2,4 bilhões em marketing e atividades de apoio à marca no último ano, o que contribuiu para a redução dos lucros. A saída da designer-chefe Virginie Viard e a nomeação de Matthieu Blazy como seu sucessor também podem ter influenciado o desempenho da marca, já que transições criativas costumam afetar as vendas.

Perspectivas Futuras

A Chanel decidiu adiar o aumento dos preços de seus produtos nos Estados Unidos, aguardando uma decisão sobre tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos. Enquanto isso, outras marcas de luxo, como LVMH e Hermès, já aumentaram seus preços. A empresa também está investindo em novas propriedades, incluindo um edifício na Avenue Montaigne, em Paris, e uma nova flagship em Nova York.

O conselho da Chanel, liderado por Alain Wertheimer, continua a monitorar a situação do mercado e as mudanças nas preferências dos consumidores, enquanto busca manter a exclusividade e a qualidade que caracterizam a marca.

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