07 de jul 2025

Classe média russa adota carro chinês e viaja para férias na Venezuela
Família russa se adapta às sanções, troca carro coreano por chinês e encontra alternativas locais para produtos ocidentais.

Maria Tyabut e seu marido Sergei Duzhikov escolhem comida em uma loja no subúrbio de Mytishchi, em Moscou (Foto: NEMENOV / AFP)
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Sergei e Maria, uma família russa de Mitishchi, se adaptaram às sanções ocidentais, trocando seu carro coreano por um chinês e encontrando alternativas locais para produtos como queijo. Para eles, as restrições não representam uma "tragédia".
Desde 2014, a Rússia enfrenta sanções econômicas que se intensificaram após a invasão da Ucrânia em 2022. Essas medidas resultaram na escassez de produtos ocidentais e dificuldades de viagem. No entanto, muitos russos, como Sergei, de 31 anos, e Maria, de 43, afirmam que conseguiram se adaptar. Eles relatam que a vida cotidiana não foi significativamente afetada pelas sanções.
A família, que vive com três filhos e animais de estimação, reformou recentemente seu apartamento. Com uma renda mensal de cerca de 300.000 rublos, equivalente a 3.800 dólares, eles se sentem financeiramente estáveis. Sergei menciona que, após um acidente de carro, precisou substituir seu Kia por um veículo chinês devido à dificuldade em encontrar peças.
Adaptações e Novas Preferências
Maria, funcionária de uma empresa de cosméticos, diz que não se lembra exatamente quando as sanções começaram. Para ela, a ausência de marcas ocidentais não é um problema. "O McDonald's não existe mais, mas 'Vkusno i tochka' funciona tão bem quanto", afirma Sergei, referindo-se à rede que assumiu os restaurantes da franquia americana.
Embora alguns produtos, como medicamentos, tenham desaparecido, Maria acredita que a indústria russa irá suprir essa demanda. Ela destaca seu gosto por queijo camembert produzido localmente, afirmando que é saboroso e atende suas expectativas.
Novas Rotas e Destinos
As sanções também impactaram as viagens. Com o fechamento de voos diretos para a Europa, a família optou por destinos como a Venezuela, onde se sentem bem-vindos. "É um povo muito amigável, onde os russos são apreciados", diz Maria.
Apesar da inflação próxima de 10%, que é impulsionada pelos altos gastos militares e pelas sanções, a família não demonstra preocupação. Maria observa que o governo ajusta os salários para compensar os aumentos de preços, ressaltando que a inflação é um fenômeno global. Assim, Sergei e Maria continuam a viver suas vidas, adaptando-se às novas circunstâncias econômicas.
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