Marianne Boesky apresenta obras de Danielle Mckinney ao lado de Edward Hopper na TEFAF

Na manhã de quinta-feira, durante a abertura da TEFAF Maastricht, algumas galerias participaram do evento pela primeira vez. Embora a feira seja conhecida por obras de Old Masters e antiguidades, a galerista Marianne Boesky trouxe uma coleção de pequenas pinturas da artista e fotógrafa nova-iorquina Danielle Mckinney, de 42 anos. Mckinney, que viu seu público crescer nos últimos anos, apresenta obras que retratam mulheres negras, frequentemente semi-nuas e em ambientes íntimos, com uma estética semelhante a ensaios fotográficos.

Das oito pinturas expostas, a maioria tem menos de 20 polegadas de altura. Em obras como Lumen e Crimson, concluídas nos últimos três meses, o foco está em mulheres solitárias. Uma delas está deitada, iluminada por uma lâmpada, enquanto a outra se esconde atrás de um leque vermelho. Seis das oito obras de Mckinney, avaliadas entre $70.000 e $120.000, foram vendidas antes da abertura da feira, devido a uma crescente lista de espera, segundo a galerista. A participação na TEFAF visou manter contato com o público europeu, complementando o trabalho de seu galerista em Berlim, Max Hetzler.

Boesky também expôs um desenho de Edward Hopper de 1926, mostrando a casa de verão em Gloucester, Massachusetts. A escolha de exibir Mckinney ao lado de Hopper se deve à recente admiração da artista pelo trabalho dele, que ela conheceu no Whitney Museum of American Art em 2023. Hopper, que faleceu há quase 60 anos, é conhecido por retratar figuras brancas em espaços da alta classe, e sua popularidade está ligada a um contexto de nacionalismo crescente, conforme analisado pela historiadora da arte Gail Levin.

A TEFAF atrai colecionadores que buscam obras raras, e a venda das pinturas de Mckinney antes da abertura da feira demonstra o interesse crescente por seu trabalho. Embora nenhuma das obras tenha sido adquirida por museus nesta ocasião, uma delas foi recentemente adicionada à coleção do Metropolitan Museum of Art, aumentando seu reconhecimento. Mckinney descreve suas figuras como desejando estar em seus próprios mundos, e Boesky acredita que a associação com Hopper acrescenta uma dimensão cinematográfica às imagens.