Juliana Rangel, baleada pela PRF, já caminha e pede 'justiça' em bilhetes escritos

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Desde então, ela está internada no CTI do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes. Recentemente, um boletim médico informou que Juliana está acordada, lúcida e consegue caminhar com auxílio. Ela não necessita mais de ventilação mecânica e não está em uso de antibióticos, apresentando boa resposta ao tratamento.

A jovem estava a caminho de Niterói com a família para a ceia de Natal quando o carro foi atingido por mais de 30 disparos. O pai de Juliana, Alexandre, relatou que os agentes não deram ordem de parada e dispararam sem aviso. A PRF alegou que a família teria atirado primeiro, o que foi negado por Alexandre. A mãe de Juliana, Dayse, afirmou que um dos policiais reconheceu o erro após o incidente.

Os agentes envolvidos foram afastados e uma investigação está em andamento, conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. A PRF lamentou o ocorrido e está colaborando com as investigações. Juliana, que se comunica por bilhetes, expressou o desejo de justiça, demonstrando consciência do que ocorreu. A equipe médica continua a monitorar seu estado, que é considerado estável, mas ainda não há previsão de alta.