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Irmãos denunciam trabalho forçado em plantações de café que abastecem Starbucks

Irmãos Rodrigues denunciam trabalho forçado em plantações de café ligadas à Starbucks, revelando práticas de exploração e tráfico de pessoas.

Imagem aérea de arquivo de uma finca cafetera em Pedregulho, São Paulo. (Foto: The Washington Post via Getty Images)

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Irmãos Rodrigues denunciaram trabalho forçado em fazendas de café em Minas Gerais, ligadas à Starbucks. A ação judicial, apresentada pela International Rights Advocates (IRAdvocates), alega tráfico de pessoas e condições análogas à escravidão.

Os irmãos relataram que, entre 2022 e 2024, enfrentaram sistemas de dívida nas plantações. O empregador cobrava o transporte, alimentação e ferramentas, resultando em baixos salários e alojamentos precários. Desde 1995, o Brasil investiga práticas de exploração em suas plantações de café, que representam 39% do consumo mundial.

O advogado Terrence Collingsworth, da IRAdvocates, afirmou que as fazendas mencionadas estão na cadeia de suprimentos da Starbucks. Uma delas, Fazenda Piedade, possui certificação C.A.F.E., que garante práticas sustentáveis e éticas. No entanto, o advogado questiona a validade dessa certificação, dado o histórico de abusos.

A Starbucks negou atualmente comprar café de algumas das fazendas citadas. A empresa confirmou relação com cinco delas, mas uma não é mais fornecedora. A Fazenda Piedade, segundo a empresa, fez melhorias e recuperou sua certificação. Contudo, a IRAdvocates e a ONG Coffee Watch afirmam que a Starbucks não é transparente sobre sua lista de fornecedores.

A demanda busca reparação por danos, alegando que os irmãos e outras vítimas enfrentaram trabalho forçado e enriquecimento injusto, com valores que podem ultrapassar R$ 75 mil por pessoa. Além da indenização, o objetivo é pressionar a Starbucks a melhorar a rastreabilidade de sua cadeia de suprimentos.

A Coffee Watch também solicitou que a Aduana dos Estados Unidos retenha carregamentos de café importados do Brasil, devido a suspeitas de trabalho forçado. A ONG destaca que a situação dos trabalhadores é alarmante e que as promessas de mudanças por parte das empresas não têm se concretizado.

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