17 de jan 2025
Calor extremo: 30 cidades brasileiras registram aumento de temperatura acima de 3ºC em 2024
Em 2024, 30 cidades brasileiras superaram 3ºC acima da média histórica. Pedrinhas Paulista (SP) lidera com 3,24ºC, seguida por Florínea (SP) e Sertaneja (PR). O aquecimento é impulsionado por desmatamento e fenômenos globais como El Niño. A pesquisa da especialista Ana Paula Cunha utiliza dados do serviço europeu Copernicus. O excesso de calor afeta a umidade e agrava secas em regiões dependentes da Amazônia.
Saiba o quanto a sua cidade ficou mais quente em 2024 na comparação com a média dos últimos 80 anos. (Foto: Reprodução)
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Em 2024, trinta cidades brasileiras registraram temperaturas médias pelo menos 3ºC acima das médias históricas dos últimos 80 anos, em um contexto de aquecimento global. A pesquisa, conduzida pela pesquisadora Ana Paula Cunha do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), revela que o fenômeno é impulsionado por fatores globais, como as mudanças climáticas e o El Niño, além de questões locais, como o desmatamento e a degradação do solo. Os dados foram obtidos através de informações de satélites e medições, utilizando o banco de dados ERA5 do serviço climático europeu Copernicus.
Pedrinhas Paulista (SP) lidera o ranking com um aumento de 3,24ºC, seguida por Florínea (SP) e Sertaneja (PR), ambas com 3,22ºC. A pesquisa mostra que a maioria dos municípios afetados está localizada no Sudeste e Sul do Brasil, com São Paulo e Paraná concentrando o maior número de cidades com aumentos significativos. No total, 975 municípios apresentaram elevações entre 2ºC e 2,99ºC, enquanto 1.318 municípios registraram aumentos de 1,5ºC a 1,99ºC.
O meteorologista Marcelo Seluchi destaca que o aumento de temperatura é alarmante, ressaltando que meio grau Celsius já é considerado significativo. Ele explica que a escassez de chuvas e a frequência de ondas de calor, associadas ao El Niño, contribuíram para o cenário. A falta de umidade e a presença de áreas desmatadas intensificam o aquecimento, pois a vegetação nativa retém mais umidade, reduzindo a temperatura do ar.
A pesquisa também aponta que a seca na Amazônia e a falta de nebulosidade têm impacto direto nas regiões que dependem da umidade dessa área. A análise, que considera o território brasileiro em sua totalidade, revela que o aquecimento não é homogêneo, com algumas áreas enfrentando condições climáticas extremas, como o Pantanal e o sertão de Minas Gerais e Bahia, que também registraram aumentos significativos de temperatura.
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