10 de mar 2025
ONU revela que 2024 foi o ano mais quente desde o início da industrialização
A ONU confirmou que 2024 foi o ano mais quente, superando 1,55°C da média pré industrial. Fevereiro de 2024 não teve recorde de calor, mas ainda está 1,59°C acima da média. O Ártico registrou a menor área de gelo marinho, evidenciando a crise climática. Eventos extremos de 2023, como incêndios, destacam a urgência da ação climática. Especialistas alertam que cada fração de grau a mais indica falhas nas metas climáticas.
Um bombeiro do condado de Los Angeles trabalha para conter as chamas do incêndio Detwiler que atingiu a pequena cidade de Mariposa na noite do dia 18/07/2017 no estado da Califórnia. (Foto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
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A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta segunda-feira, 10, que 2024 foi o ano mais quente já registrado, com a temperatura média global da superfície superando em 1,55° a média entre 1850 e 1900, início da industrialização. Este aumento ultrapassa o limite de 1,5° estabelecido pelo Acordo de Paris, evidenciando a gravidade da situação climática. Eventos extremos, como incêndios devastadores em biomas brasileiros e em Los Angeles, refletem as consequências desse aquecimento. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que “ainda há tempo para evitar o pior da catástrofe climática”, mas enfatizou a necessidade de ação imediata por parte dos líderes políticos.
Em fevereiro de 2024, o observatório europeu Copernicus registrou que, pela primeira vez desde junho de 2023, não houve um mês com recorde de calor. Apesar disso, a temperatura média global da superfície ainda ficou 1,59°C acima da média pré-industrial, indicando uma leve redução de 0,18°C em relação ao recorde anterior. Este mês é o terceiro fevereiro mais quente da história, mas 19 dos últimos 20 meses permaneceram acima do limite crítico de 1,5°C, um sinal alarmante para a emergência climática.
Embora a queda nas temperaturas seja um alívio temporário, especialistas alertam que isso não deve ser motivo para comemorar, já que a média global ainda está acima do patamar crítico. O Copernicus também destacou que, no Ártico, o gelo marinho atingiu a menor área já registrada por três meses consecutivos, enquanto na Antártida, a situação do gelo marinho pode ser igualmente preocupante, com a possibilidade de atingir a menor extensão mínima da temporada.
Esses dados são coletados por diversas instituições, incluindo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) e a NASA, que utilizam redes de observação para monitorar as mudanças climáticas. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) reforçou que, apesar do aumento de temperatura em um único ano, isso não significa que as metas do Acordo de Paris sejam inatingíveis, mas cada fração de grau a mais é um indicativo de que as ações necessárias para mitigar os efeitos das mudanças climáticas ainda não estão sendo realizadas de forma adequada.
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