08 de abr 2025
Temperaturas globais alcançam recordes históricos em março, alertam cientistas
Temperaturas globais atingem recordes históricos, com março de 2023 sendo o mais quente na Europa. Cientistas alertam para eventos climáticos extremos.
Algumas partes da Europa tiveram chuvas extremas, enquanto outras experimentaram condições de seca recordes. (Foto: AFP)
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O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus anunciou que março de 2023 foi o mais quente já registrado na Europa, com temperaturas 1,6 °C acima dos níveis pré-industriais. Este mês também se destacou globalmente, sendo o segundo março mais quente, o que prolonga uma onda de calor sem precedentes. Desde julho de 2023, a maioria dos meses apresentou temperaturas recordes, com março na Europa superando o recorde anterior de 2014 em 0,26 °C.
Cientistas, como Friederike Otto, do Instituto Grantham, afirmam que as mudanças climáticas causadas pelo homem são a principal explicação para esse fenômeno. Robert Vautard, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), destacou que cada fração de grau de aquecimento intensifica eventos climáticos extremos, como ondas de calor e chuvas intensas. A mudança climática não se limita ao aumento das temperaturas, mas também ao impacto do calor extra retido na atmosfera e nos oceanos.
O aquecimento global, que atingiu 1,36 °C acima dos níveis pré-industriais em outubro de 2022, pode levar o mundo a ultrapassar o limite de 1,5 °C em junho de 2030, se a tendência atual continuar. Embora a queima de combustíveis fósseis seja a principal causa do aquecimento, cientistas ainda buscam entender os fatores que contribuíram para o recente pico de calor. Fenômenos como mudanças nos padrões de nuvens e a capacidade da Terra de armazenar carbono podem estar envolvidos.
Os dados do Copernicus, que utilizam bilhões de medições de satélites e estações meteorológicas, indicam que o atual período de aquecimento pode ser o mais intenso em 125 mil anos. As anomalias climáticas observadas em março, que resultaram em chuvas extremas na Argentina e ondas de calor na Ásia Central, refletem a crescente instabilidade climática que o mundo enfrenta.
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