13 de abr 2025
Desastres climáticos aumentam no Brasil e gestão de riscos permanece ineficaz
Desastres climáticos no Brasil revelam falhas na gestão pública e urgência em ações preventivas. O país enfrenta um cenário alarmante de vulnerabilidade.
ILHADA - Moradora em Duque de Caxias: um dos municípios mais castigados pela enxurrada recente (Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo)
Ouvir a notícia:
Desastres climáticos aumentam no Brasil e gestão de riscos permanece ineficaz
Ouvir a notícia
Desastres climáticos aumentam no Brasil e gestão de riscos permanece ineficaz - Desastres climáticos aumentam no Brasil e gestão de riscos permanece ineficaz
Em fevereiro de 2022, 93 pessoas morreram no Morro da Oficina, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em uma tragédia que expôs a vulnerabilidade das comunidades a desastres climáticos. Recentemente, novas enxurradas e deslizamentos levaram a União a declarar estado de emergência em várias cidades, incluindo Angra dos Reis e Duque de Caxias.
As obras de contenção, muitas inacabadas, não impediram os estragos. O governo federal enfrenta críticas pela falta de planejamento e recursos adequados para prevenção. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu 3.620 alertas de riscos em 2023, o maior número em quatorze anos. Um terço dos municípios brasileiros está em alta vulnerabilidade para desastres.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que 57% das cidades não possuem sistemas de alerta. Entre 2020 e 2024, a União liberou R$ 3 bilhões para prevenção e resposta a desastres, valor considerado insuficiente diante de prejuízos estimados em R$ 544 bilhões. O planejamento para prevenção e redução de riscos ainda é lento.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, reconhece o atraso no lançamento do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, prometido para junho de 2024. A preparação para desastres é uma questão cultural, e a população deve entender que os governos locais têm estratégias de contingência. A resiliência aumentará, mas a frequência e a intensidade dos eventos climáticos não devem diminuir.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.