13 de mai 2025
Desastres climáticos geram R$ 732 bilhões em prejuízos nas cidades brasileiras em 12 anos
Desastres climáticos no Brasil causaram prejuízos de R$ 700 bilhões em 12 anos, afetando 473 milhões de pessoas e exigindo ações urgentes.
Rodovia e casas em Picada Mariante, no município de Venâncio Aires, que foram atingidas pela enchente que deixou cenário devastador após as fortes chuvas no Rio Grande do Sul (Foto: Fábio Tito/g1)
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Prejuízos com desastres climáticos no Brasil superam R$ 700 bilhões em 12 anos
Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que os prejuízos causados por desastres climáticos no Brasil ultrapassaram R$ 700 bilhões entre 2013 e 2024. Somente em 2024, os danos foram de R$ 92,6 bilhões, afetando mais de 473 milhões de pessoas em todo o país.
A agricultura é o setor mais impactado, com R$ 325,6 bilhões em perdas, representando quase 45% do total. Os desastres, que incluem seca, estiagem e excesso de chuvas, têm se intensificado devido à emergência climática. O estudo considera dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (S2ID/MIDR).
Impactos Setoriais
Os prejuízos se estendem a diversos setores, como pecuária (R$ 94,4 bilhões), saúde pública (R$ 86 bilhões) e abastecimento de água potável (R$ 61,2 bilhões). Entre 2013 e 2024, os gastos municipais com desastres aumentaram quase 1.000%. A seca e a estiagem lideram as decretações de emergência, com 27,9 mil registros, seguidas pelo excesso de chuvas, com 20,4 mil.
A região Nordeste concentra a maioria das decretações de seca, com destaque para a Paraíba e a Bahia. Por outro lado, o Sul do Brasil é mais afetado por chuvas extremas, com Minas Gerais registrando 14,3% dos eventos climáticos no país.
Situação no Rio Grande do Sul
Em 2024, o Rio Grande do Sul contabilizou R$ 14,5 bilhões em prejuízos, com mais de 90% das cidades afetadas. Em Canoas, 70% das unidades de saúde foram destruídas por enchentes, e o Hospital de Pronto Socorro ainda não reabriu. A prefeitura de Eldorado do Sul busca construir 1.200 casas para as famílias desabrigadas.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, destaca a baixa execução orçamentária da União, com apenas 39,8% dos valores autorizados pagos. Ele enfatiza a necessidade de prevenção e estruturação das cidades para mitigar os danos futuros.
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