20 de mai 2025
Icebergs derretem rapidamente e ameaçam milhões com aumento do nível do mar
A limitação do aquecimento global a 1,5 graus pode não salvar as calotas polares, alertam cientistas sobre migrações em massa e elevação do mar.
Foto de um homem segurando uma bandeira da Turquia em frente a um prédio em Istambul. (Foto: Sebnem Coskun/Anadolu Agency/Getty Images)
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Pesquisas recentes indicam que mesmo limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius pode não ser suficiente para preservar as calotas de gelo da Groenlândia e da Antártica. Um grupo de cientistas internacionais analisou dados de satélites e modelos climáticos e concluiu que o derretimento acelerado do gelo pode resultar em migrações em massa e um aumento significativo do nível do mar.
O estudo, publicado na revista Communications Earth and Environment, revela que o mundo está em trajetória para um aumento de até 2,9 graus Celsius até 2100. Mesmo com um aquecimento atual de 1,2 graus, a pesquisa sugere que isso pode desencadear um derretimento rápido das calotas de gelo, levando a um aumento catastrófico do nível do mar. As calotas de gelo da Groenlândia e da Antártica contêm água suficiente para elevar os níveis do mar em até 65 metros.
Desde a década de 1990, a perda de gelo aumentou quatro vezes, com uma perda atual de cerca de 370 bilhões de toneladas por ano. O aumento do nível do mar tem acelerado, dobrando na última geração. Cientistas afirmam que 1,5 graus de aquecimento é "muito alto" para evitar a retirada rápida e irreversível das calotas de gelo.
Impactos nas Populações Costeiras
Cerca de 230 milhões de pessoas vivem a menos de um metro acima do nível do mar. Mudanças, mesmo pequenas, nas calotas de gelo podem deslocar centenas de milhões de pessoas e causar danos que superam a capacidade de adaptação das sociedades. O estudo prevê que o nível do mar pode aumentar 0,4 polegadas por ano até o final do século, resultando em uma migração em massa sem precedentes.
Os pesquisadores destacam que as estimativas de temperatura seguras para a preservação das calotas de gelo estão diminuindo. Inicialmente, acreditava-se que um aumento de 3 graus seria necessário para desestabilizar a Groenlândia, mas agora se sugere que 1,5 graus pode ser suficiente. Para evitar o colapso das calotas, seria necessário limitar o aquecimento a 1 grau acima dos níveis pré-industriais.
A pesquisa enfatiza a urgência de cortes drásticos nas emissões de combustíveis fósseis, uma tarefa que se mostra difícil, especialmente com países como os Estados Unidos continuando a depender de petróleo, carvão e gás. Os cientistas alertam que cenários de pior caso já estão se concretizando em relação à perda de gelo, e que não há muitos sinais de esperança.
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