08 de mai 2025
Catherine Russell destaca desafios enfrentados por crianças em meio a guerras e crises humanitárias
Crianças em conflitos enfrentam crises sem precedentes, enquanto ajuda internacional diminui; Espanha se destaca ao aumentar apoio à Unicef.
Catherine Russell, diretora executiva do UNICEF, este terça-feira em Madrid. (Foto: Pablo Monge)
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Catherine Russell, diretora executiva da Unicef, alertou sobre a grave situação das crianças em conflitos globais, como em Gaza e Sudão. Desde sua posse em fevereiro de 2022, a organização enfrentou desafios crescentes, incluindo a invasão da Ucrânia e o aumento de conflitos em diversas regiões.
Russell destacou que centenas de milhões de crianças vivem em áreas de conflito ou estão deslocadas, enfrentando riscos físicos e a interrupção de serviços essenciais, como educação e saúde. A diretora enfatizou que a situação é particularmente preocupante, com um número recorde de conflitos ativos desde a Segunda Guerra Mundial.
A ajuda internacional tem diminuído, mas a Espanha se destaca como uma exceção, aumentando suas contribuições à Unicef. Russell se reuniu com o presidente Pedro Sánchez para agradecer o apoio. "É inusitado que um governo busque aumentar sua contribuição", afirmou.
Crises em Gaza e Sudão
A situação em Gaza é crítica, com a ajuda humanitária bloqueada. Russell mencionou que milhares de crianças já morreram e muitas estão em situação de sofrimento extremo. A Unicef está pressionando por um cessar-fogo e acesso à ajuda, mas os combates dificultam a entrega de suprimentos.
No Sudão, a crise humanitária é alarmante, com relatos de fome e violência extrema. Russell destacou que dezessete milhões de crianças estão fora da escola, e a violência sexual contra menores é uma preocupação crescente. Apesar das dificuldades, ela observou que algumas crianças mantêm a esperança de um futuro melhor.
Desafios da Ajuda Internacional
Russell expressou preocupação com os cortes na ajuda internacional, especialmente da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). A Unicef estima uma redução de 20% nos fundos recebidos, o que impactará diretamente as operações e programas voltados para crianças.
Ela ressaltou que a comunidade internacional precisa prestar mais atenção ao sofrimento das crianças em conflitos. "Os líderes globais devem fazer melhor", afirmou, enfatizando a importância de um sistema multilateral que funcione para resolver conflitos e apoiar os mais vulneráveis.
A diretora concluiu que a Unicef continuará seu trabalho, mesmo diante de desafios financeiros e logísticos, reafirmando o compromisso com as crianças em situações de crise.
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