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18 de ago 2025

Planetas sem água podem gerar líquidos, revela novo estudo científico

Pesquisadores do MIT expandem a definição de habitabilidade ao identificar líquidos iônicos que podem sustentar vida em ambientes extremos.

Foto: Reprodução

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Pesquisadores do MIT descobriram que líquidos iônicos, formados a partir de ácido sulfúrico e compostos orgânicos, podem existir em ambientes onde a água não é viável, ampliando as possibilidades de habitabilidade em exoplanetas. O estudo foi publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences.

Tradicionalmente, a busca por vida fora da Terra se baseia na premissa de que a água é essencial. No entanto, a nova pesquisa sugere que outros líquidos podem suportar formas de vida, mesmo em condições extremas. Os líquidos iônicos, que são sais em estado líquido a temperaturas abaixo de 100 graus Celsius, podem se formar em planetas rochosos, onde o ácido sulfúrico pode ser um subproduto de atividade vulcânica.

Os cientistas realizaram experimentos em laboratório que mostraram que a mistura de ácido sulfúrico com compostos orgânicos contendo nitrogênio resulta em líquidos iônicos. Esses líquidos têm baixa pressão de vapor e não evaporam, permitindo que permaneçam em temperaturas e pressões que inviabilizariam a água. Rachana Agrawal, líder do estudo, afirma que a inclusão de líquidos iônicos na definição de habitabilidade pode expandir significativamente a zona habitável de mundos rochosos.

Implicações para a Vida Extraterrestre

A pesquisa também se relaciona com a busca por sinais de vida em Vênus, onde nuvens de ácido sulfúrico envolvem o planeta. Agrawal e Sara Seager, coautora do estudo, estão liderando missões para investigar a atmosfera de Vênus em busca de compostos orgânicos que possam indicar a presença de vida.

Os pesquisadores misturaram ácido sulfúrico com mais de 30 compostos orgânicos em diferentes condições, descobrindo que os líquidos iônicos se formam em uma ampla gama de temperaturas e pressões. Essa descoberta sugere que, mesmo em planetas quentes e com atmosferas finas, podem existir bolsões de líquidos iônicos que poderiam sustentar formas de vida simples.

A equipe planeja investigar quais biomoléculas podem sobreviver e prosperar em líquidos iônicos, abrindo novas possibilidades para a pesquisa sobre a vida em outros planetas. A pesquisa foi apoiada pela Sloan Foundation e pela Volkswagen Foundation, sinalizando um avanço significativo na astrobiologia.

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