Política

ONGs brasileiras alertam à ONU sobre 'desperdício' e 'corrupção' nas emendas parlamentares

Cinco ONGs brasileiras levaram à ONU a falta de transparência nas emendas. Relatório aponta que emendas fortalecem bases eleitorais e reeleições recordes. Aproximadamente R$ 53 bilhões em emendas foram aprovados para 2024. PEC da Anistia reduz financiamento de candidaturas de grupos minoritários. Crime organizado infiltra se nas eleições, ampliando seu poder político.

Câmara dos Deputados (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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O debate sobre a falta de transparência das emendas parlamentares no Brasil foi levado à Organização das Nações Unidas (ONU) por cinco ONGs brasileiras, incluindo a Transparência Internacional Brasil e o Instituto Marielle Franco. O documento, que aborda as eleições municipais de 2024, destaca que a ausência de critérios técnicos nas emendas permite seu uso para fortalecer a base eleitoral dos parlamentares, evidenciado pelo número recorde de reeleições em 2023.

Os pesquisadores apontam que, para 2024, o Congresso Nacional aprovou emendas parlamentares no valor de aproximadamente R$ 53 bilhões, sendo R$ 25 bilhões destinados a emendas individuais obrigatórias. A análise sugere que as emendas se tornaram um mecanismo para a perpetuação de grupos políticos no poder, com deputados e senadores direcionando recursos a prefeitos que atuam como cabos eleitorais.

O relatório foi enviado à relatora especial da ONU, Gina Romero, que elaborará um documento com base nas conclusões das ONGs para o Conselho de Direitos Humanos da ONU. O texto também denuncia o impacto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Anistia, que reduz o financiamento de candidaturas de grupos minoritários e abre espaço para anistia de irregularidades eleitorais, comprometendo a representatividade no Congresso.

Além disso, as ONGs expressam preocupação com a infiltração do crime organizado nas eleições brasileiras, afirmando que grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) estão ampliando seu poder político e econômico, influenciando decisões eleitorais e políticas.

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