Política

Tarcísio de Freitas cria comitê de segurança em resposta a crise e denúncias de abusos policiais

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criou um comitê consultivo para segurança. O grupo visa melhorar a atuação policial e responder a denúncias de abusos. Mudanças na cúpula das polícias foram feitas após casos de corrupção e violência. O secretário Guilherme Derrite permanece no cargo, apesar das críticas. A criação do comitê reflete a busca por maior controle nas políticas de segurança.

"O secretário da SSP, Guilherme Derrite (PL), ao lado de Artur Dian e Oswaldo Nico Gonçalves. (Foto: Divulgação/SSP)"

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O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou nesta segunda-feira (10) mudanças na coordenação de delegacias, em resposta a casos de violência e corrupção envolvendo a Polícia Civil e a Polícia Militar. As alterações ocorrem após a prisão de agentes suspeitos de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Apesar das mudanças, a cúpula das duas polícias foi mantida, incluindo o coronel Cássio Araújo de Freitas, comandante-geral da PM, e o delegado-geral Artur Dian.

As mudanças seguem uma série de trocas realizadas em janeiro, após denúncias de corrupção ligadas ao caso de Vinícius Gritzbach, delator do PCC assassinado em novembro de 2024. Até o momento, 26 pessoas estão presas, incluindo 22 policiais. As investigações apontam que o PCC pode ter cooptado policiais para executar Gritzbach, que havia delatado membros da organização criminosa. A decisão de não alterar a cúpula reflete a posição do governador Tarcísio de Freitas, que defendeu a continuidade de Derrite no cargo, afirmando que mudanças em momentos de crise não são adequadas.

Em meio a essa crise de segurança, Tarcísio criou um comitê de “assessoramento estratégico” para políticas de segurança pública, que será consultivo e incluirá representantes das polícias e do Ministério Público. O objetivo é assessorar o governador em ações e medidas de segurança. O comitê, que não contará com a Ouvidoria das Polícias, foi estabelecido por decreto e visa reforçar o compromisso do governo com a segurança pública, em um contexto de crescente pressão por parte do MP e da Defensoria Pública.

Recentes episódios de violência policial, como a morte de um menino de quatro anos e a agressão a um homem arremessado de uma ponte, intensificaram as críticas à atuação das forças de segurança. O governador reconheceu a necessidade de revisar procedimentos e anunciou uma reciclagem total da tropa. Dados do Ministério Público indicam um aumento de 46% nas mortes cometidas por policiais militares até novembro de 2024, em comparação ao ano anterior, evidenciando a urgência de reformas na segurança pública do estado.

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