Prefeito de São Paulo critica mototáxi da 99: 'Vai ser uma carnificina'

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), manifestou-se nesta terça-feira (14) sobre o lançamento do serviço de mototáxi pela empresa 99, que contraria um decreto de 2023 que proíbe essa atividade na capital. Durante um evento na Zona Sul, Nunes alertou que o serviço pode resultar em uma “carnificina” no trânsito, citando que a cidade não está preparada para o aumento de motos, que já somam 1,3 milhão. Ele destacou que, em 2023, 364 pessoas morreram em acidentes com motos na cidade.

O prefeito anunciou que irá recorrer à Justiça e intensificar a fiscalização contra as motos da 99. Ele prometeu colocar uma faixa em homenagem à primeira vítima fatal do serviço, afirmando que a empresa age de forma “irresponsável”. Nunes justificou a proibição do mototáxi com base em estudos de segurança e saúde realizados por um grupo de trabalho que ele criou em 2023, que concluiu que a liberação do serviço não é viável.

A 99, por sua vez, defende a legalidade do serviço, citando respaldo na Política Nacional de Mobilidade Urbana e alegando que as prefeituras não podem proibir a atividade, apenas regulamentá-la. A empresa mencionou que já existem mais de 20 decisões judiciais que confirmam essa interpretação, além de um aumento de 37% nas mortes de motociclistas em 2024 em comparação ao ano anterior.

O serviço de mototáxi da 99, que começou a operar fora do Centro expandido de São Paulo, promete um impacto econômico significativo, estimando R$ 1 bilhão no PIB e a geração de 13 mil empregos. A empresa afirma que os usuários poderão economizar até R$ 2,5 mil anuais em custos de mobilidade, enquanto os motociclistas podem ver um aumento de até 40% em seus ganhos. A 99 destaca que a segurança é uma prioridade, com diversas funcionalidades para proteger motoristas e passageiros.