Política

Servidores do IBGE criticam gestão de Pochmann e alertam sobre criação da Fundação IBGE+

Crise no IBGE: 136 servidores assinam carta criticando a gestão de Márcio Pochmann. Criação da Fundação IBGE+ gera controvérsias sobre a credibilidade das pesquisas. Diretores importantes deixaram cargos devido à falta de diálogo com a presidência. Sindicato convoca reunião para discutir estratégias e avaliar a gestão atual. Fundação IBGE+ é vista como risco à autonomia técnica do instituto pelos servidores.

Gerentes e coordenadores do IBGE assinaram carta que considera autoritária a gestão do presidente do instituto, Marcio Pochmann. (Foto: Fábio Rossi/Agência O Globo)

Gerentes e coordenadores do IBGE assinaram carta que considera autoritária a gestão do presidente do instituto, Marcio Pochmann. (Foto: Fábio Rossi/Agência O Globo)

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A crise no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se intensificou com a assinatura de uma carta aberta por 136 servidores, incluindo gerentes e coordenadores, que criticam a gestão do presidente Márcio Pochmann. O documento, que não foi organizado pelo sindicato, descreve a administração como "autoritária, política e midiática" e expressa preocupações sobre a criação da Fundação IBGE+, que pode comprometer a credibilidade das pesquisas do instituto. Os servidores enfatizam a necessidade de manter a qualidade e confiabilidade dos dados, alertando que a fundação foi proposta sem discussão adequada sobre os riscos à autonomia do IBGE.

A criação da Fundação IBGE+ gerou um embate com o sindicato ASSIBGE, que a considera um "IBGE paralelo" e teme que a fundação interfira na independência técnica do instituto. A resistência à fundação se intensificou desde 2024, e o sindicato convocou uma reunião online para discutir estratégias de resposta e avaliar a gestão de Pochmann, que assumiu em julho de 2023. A relação entre a presidência e o sindicato já estava deteriorada devido à convocação para o retorno ao trabalho presencial.

Pochmann defende a fundação como uma forma de apoiar as atividades do IBGE, buscando o reconhecimento do órgão como uma Instituição de Ciência e Tecnologia, o que permitiria acesso a recursos não-orçamentários essenciais para a modernização do instituto. A presidência afirma que a proposta foi debatida no Conselho do IBGE e divulgada em canais oficiais, mas o sindicato contesta, alegando que seu quadro técnico não foi consultado sobre a criação da fundação.

Após a exoneração de Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto, diretores de Pesquisas do IBGE, a situação se agravou. Os ex-diretores alegaram falta de diálogo com a presidência como motivo para suas saídas. O IBGE, por sua vez, negou a existência de crise e criticou os servidores que se opõem à fundação, afirmando que pode recorrer à Justiça contra "desinformação e mentira". Os servidores, em resposta, pedem que suas vozes sejam ouvidas antes da implementação de mudanças significativas, destacando que o clima organizacional está deteriorado e que a situação exige atenção das autoridades competentes.

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