27 de jan 2025
Justiça suspende mototáxi da 99 e Uber em São Paulo após pesquisa favorável ao serviço
Justiça de São Paulo suspendeu serviços de mototáxi da 99 e Uber, acatando pedido da prefeitura. Pesquisa revela que 79% dos paulistanos apoiam o transporte de motos por aplicativo. Prefeito Ricardo Nunes defende proibição para reduzir acidentes, citando aumento de mortes no trânsito. Empresas alegam respaldo em legislação federal e planejam recorrer da decisão judicial. A disputa entre prefeitura e empresas reflete tensões sobre mobilidade urbana e segurança pública.
Aplicativo do Uber para transportar passageiros em motos (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)
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Uma pesquisa do Instituto Locomotiva revelou que 60% dos paulistanos acreditam que os serviços de transporte de moto por aplicativo vão contra os interesses das empresas de ônibus na cidade de São Paulo. O levantamento, realizado entre 17 e 20 de janeiro, também mostra que 79% dos entrevistados defendem que a prefeitura deve permitir o serviço. O apoio é ainda maior entre moradores de áreas de classe baixa, onde 81% são favoráveis. Renato Meirelles, presidente do Instituto, destaca que essa população busca alternativas quando o transporte público não atende suas necessidades.
A Justiça de São Paulo determinou, em 27 de janeiro, que Uber e 99 suspendam as operações de mototáxi na capital, em resposta a um pedido da prefeitura. O juiz Eduardo Gouvêa argumentou que o decreto municipal de 2023, que proíbe a modalidade, está em vigor, apesar das contestações legais. A gestão de Ricardo Nunes (MDB) defende a proibição, citando o aumento de mortes no trânsito envolvendo motociclistas, que cresceram 20% de 2023 para 2024.
Enquanto isso, a pesquisa do Instituto Locomotiva, encomendada pela 99, indica que 79% dos paulistanos são a favor do uso de motos por aplicativo, com 60% acreditando que a prefeitura deveria regulamentar o serviço. A pesquisa também revela que 74% concordam que os governantes não deveriam impedir o uso desse transporte. A 99 e a Uber, que começaram a oferecer o serviço em janeiro, alegam que a legislação federal ampara suas operações.
O prefeito Nunes enfrenta críticas por sua postura, sendo acusado de perseguir trabalhadores ao apreender motocicletas e aplicar multas. A prefeitura já confiscou 326 motos desde o início das operações. As empresas, por sua vez, argumentam que a proibição prejudica a população que depende de alternativas de transporte, especialmente nas áreas periféricas, onde a cobertura do transporte público é limitada.
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