Política

Fuga de carrascos nazistas para o Brasil revela planos mirabolantes e destinos incertos

Após a Segunda Guerra Mundial, nazistas como Mengele e Stangl se esconderam no Brasil. Recentes publicações revelam detalhes sobre suas vidas e mortes no país. Stangl foi preso em 1967, enquanto Mengele evitou chamar atenção da polícia. Cukurs, capturado pelo Mossad, foi assassinado no Uruguai em 1965. Documentários e livros sobre esses nazistas estão em produção, explorando suas histórias.

Após a prisão, a história de Franz Stangl foi destaque em jornais (Foto: Arquivo Nacional via DW)

Após a prisão, a história de Franz Stangl foi destaque em jornais (Foto: Arquivo Nacional via DW)

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Após a Segunda Guerra Mundial, alguns dos mais notórios criminosos de guerra nazistas, como Josef Mengele, Franz Stangl, Gustav Wagner e Herberts Cukurs, encontraram refúgio no Brasil. Embora o país não tenha sido o principal destino na América Latina para esses fugitivos, a presença deles gerou histórias intrigantes. Em 28 de fevereiro de 1967, Stangl foi preso em São Paulo, e Wolfgang Gerhard, um simpatizante do nazismo, planejou sua fuga, que foi considerada inviável pela jornalista Betina Anton, autora de "Baviera Tropical".

Mengele, conhecido como o "Anjo da Morte de Auschwitz", optou por não se envolver no plano de resgate, priorizando seu anonimato. Stangl, ao ser capturado, demonstrou alívio, temendo mais a captura pelo Mossad, o serviço secreto israelense, do que a prisão em si. O historiador Rodrigo Trespach ressalta que, apesar de muitos nazistas terem fugido para o Brasil, a Argentina e o Paraguai eram destinos mais populares devido à simpatia de seus governos por regimes autoritários.

Cukurs, que chegou ao Brasil em 1946, teve sua história contada no livro "O Homem dos Pedalinhos". Ele foi assassinado em uma emboscada no Uruguai em 1965, após ser enganado por um agente do Mossad. Já Mengele morreu afogado em Bertioga em 1979, e sua identidade só foi confirmada em 1985. Stangl, após ser extraditado para a Alemanha, foi condenado à prisão perpétua e morreu em 1971.

As histórias desses nazistas no Brasil, incluindo suas biografias e os desdobramentos de suas vidas após a guerra, continuam a ser exploradas em obras literárias e documentários. O caso de Stangl, por exemplo, será abordado no documentário "The Factory's Basement", que investiga sua atuação na Volkswagen durante a ditadura militar. A complexidade das trajetórias desses indivíduos revela não apenas suas ações durante a guerra, mas também os desafios enfrentados por aqueles que tentaram se esconder em um novo mundo.

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