Política

Nazistas e suas crenças ocultas: como o sobrenatural influenciou a guerra

Crenças sobrenaturais e pseudocientíficas moldaram decisões nazistas, revela pesquisa de Eric Kurlander em "Os Monstros de Hitler".

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Eric Kurlander, professor da Universidade Stetson, lança o livro "Os Monstros de Hitler", que revela a influência de crenças sobrenaturais e pseudocientíficas entre líderes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. A obra, publicada pela editora Zahar, explora como essas ideias impactaram decisões militares e políticas.

Kurlander dedicou anos de pesquisa para investigar o imaginário ocultista que permeou o Partido Nazista nas décadas de 1930 e 1940. Ele destaca que a adesão a essas crenças não se limitou a figuras como Heinrich Himmler e Rudolf Hess, mas se espalhou entre muitos membros do partido. O autor afirma que essas ideias foram utilizadas para justificar ações contra inimigos e raças consideradas inferiores.

O livro aponta que, embora o exército alemão fosse eficiente, as crenças sobrenaturais começaram a influenciar decisões estratégicas à medida que Hitler e Himmler ganharam mais controle. Por exemplo, a crença na cosmogonia glacial levou os líderes nazistas a subestimar as dificuldades do inverno russo. Kurlander menciona que Himmler recrutou astrólogos e parapsicólogos em 1943 para tentar localizar Mussolini, o ex-ditador italiano.

Influência nas Decisões

Kurlander também discute como a busca por armas mágicas e a associação de pesquisas científicas com o judaísmo afetaram o investimento em tecnologia militar. Ele observa que a falta de interesse em um programa nuclear pode ter atrasado o desenvolvimento de uma bomba atômica pelos nazistas.

O autor destaca que, embora não se possa afirmar que essas crenças tenham causado a derrota nazista, elas poderiam ter prolongado a guerra. Kurlander menciona figuras como Otto Ohlendorf, que, apesar de sua formação acadêmica, se envolveu com ideias esotéricas que influenciaram suas ações durante o Holocausto.

Paralelos com o Presente

Kurlander alerta para os paralelos entre o passado e o presente, observando que movimentos de direita contemporâneos, como o governo Trump e outros na Europa e Brasil, também abraçam teorias da conspiração e pseudocientíficas. Ele afirma que a crença em ideias ocultistas está ligada a tendências autoritárias, independentemente da orientação política.

O autor conclui que a pesquisa revela que aqueles que acreditam em teorias conspiratórias tendem a apoiar regimes autoritários, destacando a relevância de suas descobertas para os desafios atuais.

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