12 de fev 2025
Lula pressiona Ibama por exploração de petróleo na Margem Equatorial e critica "lenga-lenga"
A Petrobras busca licença do Ibama para explorar petróleo na Margem Equatorial desde 2020, enfrentando resistência ambiental. O presidente Lula criticou a demora do Ibama, chamando a de "lenga lenga", e defendeu a exploração como vital para a economia. Magda Chambriard, presidente da Petrobras, afirmou que a empresa está preparada para operar com segurança na região. A pressão política para liberar a exploração aumenta, especialmente com o apoio do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A disputa entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental gera tensões internas no governo, especialmente com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Magda Chambriard participa de evento sobre petróleo na Índia (Foto: Anindito Mukherjee/Bloomberg)
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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reafirmou a expectativa de obter a licença para exploração de petróleo na Margem Equatorial, especificamente na Foz do Amazonas, após atender às exigências do Ibama. Em entrevista à Bloomberg TV, durante uma viagem à Índia, ela destacou que a empresa está "muito bem preparada" para operar na região com segurança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também manifestou apoio à exploração, pedindo uma resposta rápida do Ibama, e ressaltou que a Petrobras possui equipamentos adequados para prevenir vazamentos.
Chambriard comentou sobre a possibilidade de queda nos preços globais do petróleo, citando a estratégia do presidente dos EUA, Donald Trump, de aumentar a produção americana. Ela acredita que a Petrobras pode se adaptar a esse cenário, especialmente com o apoio de clientes na China e na Índia. A executiva afirmou que o plano estratégico da empresa é resiliente a preços de até US$ 65 por barril, mesmo com a pressão para aumentar a produção nos EUA.
A pressão política para liberar a exploração na Foz do Amazonas também se intensificou, com Lula criticando o Ibama por sua lentidão no processo de licenciamento. Ele afirmou que o órgão parece agir contra o governo e que a exploração de petróleo é crucial para o desenvolvimento econômico da região. Essa postura gerou reações, incluindo críticas de Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente, que alertou sobre a necessidade de respeitar as análises técnicas do Ibama e os compromissos ambientais do Brasil.
A situação é complexa, pois a exploração de petróleo na Margem Equatorial enfrenta resistência de ambientalistas, que alertam sobre os riscos de danos ambientais significativos. O Ibama, por sua vez, continua a avaliar o pedido da Petrobras, enfatizando a importância de seguir critérios técnicos e legais. A expectativa é que a discussão sobre a licença avance nas próximas semanas, especialmente com a proximidade do leilão de blocos exploratórios marcado para junho.
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