Política

Avanços e desafios da diversidade no serviço público brasileiro em 2025

O CPNU de fevereiro de 2025 mostrou avanços na diversidade no serviço público. A taxa de aprovação de mulheres é alarmantemente baixa, com apenas 37%. Mulheres negras enfrentam barreiras ainda maiores no ingresso e ascensão. Pesquisa revela desafios como machismo e sobrecarga de trabalho para mulheres. Políticas afirmativas são essenciais para garantir igualdade de oportunidades.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Ouvir a notícia

Avanços e desafios da diversidade no serviço público brasileiro em 2025 - Avanços e desafios da diversidade no serviço público brasileiro em 2025

0:000:00

Os resultados do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), divulgados em fevereiro de 2025, revelaram avanços significativos na diversidade do serviço público brasileiro, mas também destacaram desafios persistentes. O concurso contou com candidatos de todas as cinco regiões do Brasil, refletindo uma diversidade regional. Candidatos negros, indígenas e com deficiência superaram as cotas mínimas estabelecidas, embora a taxa de aprovação de mulheres, especialmente em áreas estratégicas, permaneça preocupante.

A região Sudeste concentrou 32,9% das vagas, seguida pelo Nordeste com 26%, o que demonstra um movimento em direção à descentralização das oportunidades. O Centro-Oeste teve 25,6%, o Sul 9,8% e o Norte 5,6% dos aprovados. A presença de pessoas negras entre os aprovados aumentou para 24,5%, enquanto os candidatos indígenas representaram 2,29%. Já as pessoas com deficiência alcançaram 6,8% dos aprovados, evidenciando a importância das políticas afirmativas.

Entretanto, a situação das mulheres é alarmante. Embora representem 56% dos inscritos, apenas 37% foram aprovadas. Essa discrepância levanta questões sobre barreiras invisíveis que dificultam a ascensão feminina no funcionalismo público, especialmente em áreas com melhores salários. A pesquisa do Movimento Pessoas à Frente destacou desafios como cobrança excessiva e sexismo, que persistem ao longo da carreira das servidoras.

Os dados do CPNU também mostram a segregação ocupacional de gênero, com mulheres predominando apenas em áreas como Educação e Saúde. Para um serviço público verdadeiramente representativo, é essencial que a presença feminina não se restrinja a algumas áreas. A sanção da nova Lei de Modernização dos Concursos Públicos e a realização do CPNU foram passos importantes, mas é necessário implementar políticas afirmativas que garantam a participação feminina em setores estratégicos, como tecnologia e infraestrutura.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela