Política

Mulheres ocupam apenas 25% dos cargos de liderança no Executivo federal brasileiro

A proposta de garantir 30% de mulheres em conselhos de administração avança no Senado, enquanto a desigualdade de gênero persiste na liderança pública.

Bruno Peres durante partida de futebol. (Foto: Reprodução)

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Representatividade feminina na burocracia federal ainda é um desafio. Apesar de comporem 51,5% da população brasileira, as mulheres ocupam apenas 25% dos cargos de alta liderança no Executivo federal. A representação de mulheres negras é ainda menor, atingindo apenas 11%.

Projeto de lei busca ampliar participação feminina. O projeto de lei nº 1.246/2021, que visa garantir 30% de participação feminina em conselhos de administração, foi aprovado na Câmara e na CCJ do Senado, aguardando análise final. A iniciativa busca corrigir a desigualdade de gênero em posições de destaque.

Burocracia representativa é fundamental. Especialistas defendem que a burocracia representativa considera que os formuladores de políticas públicas não são neutros, e que gênero, raça e origem social influenciam diretamente as decisões. Uma burocracia mais diversa reflete melhor as necessidades da população.

Empresas estatais ainda têm baixa representação. Um levantamento de 2024 do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa aponta que apenas 16% dos cargos em conselhos de empresas de capital aberto são ocupados por mulheres. A Petrobras, por exemplo, tem 18% de mulheres em seu conselho, enquanto o Banco do Brasil lidera com 50%.

Estereótipos e desigualdade dificultam ascensão. Pesquisa da UnB com mais de 200 mulheres da burocracia federal revela que 72% enfrentam cobrança excessiva e expectativas elevadas, dificultando a chegada a cargos de liderança. A conciliação entre carreira e trabalho de cuidado também é um desafio para 71,4% das entrevistadas.

Brasil está em último lugar na América Latina. O país ocupa a 15ª posição no ranking de participação feminina em cargos de liderança na América Latina, segundo estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento de 2022. A falta de políticas específicas para equidade de gênero no serviço público contribui para esse cenário.

Concurso público unificado pode impulsionar a participação. A criação do CPNU (Concurso Público Nacional Unificado) em 2023 aumentou a participação de mulheres inscritas, demonstrando o potencial de mudanças no modelo de recrutamento. A primeira prova foi aplicada em agosto de 2024, em 228 municípios.

Medidas para ampliar a presença feminina. A aprovação de uma política afirmativa de paridade de gênero e raça, a inclusão da perspectiva de gênero no ciclo laboral, a ampliação da licença-paternidade e o combate ao assédio são medidas que podem contribuir para a mudança no cenário da burocracia federal.

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