Política

Guerra urbana no Rio: operação contra traficante revela fragilidade da segurança pública

A operação para capturar o traficante Peixão gerou caos nas ruas do Rio. Governantes criticam a ADPF das Favelas, atribuindo a ela o aumento do crime. Dados mostram que mortes por intervenções policiais caíram 60% desde 2019. O STF mantém restrições em operações policiais, visando reduzir letalidade. Especialistas afirmam que a ADPF é essencial para garantir direitos humanos.

Cenário de guerra. Quando os policiais conseguiram passar pelas barricadas, o chefe do tráfico no Complexo de Israel já havia fugido. A população carioca segue acuada. (Foto: Pablo Porciuncula/AFP e Mauro Pimentel/AFP)

Cenário de guerra. Quando os policiais conseguiram passar pelas barricadas, o chefe do tráfico no Complexo de Israel já havia fugido. A população carioca segue acuada. (Foto: Pablo Porciuncula/AFP e Mauro Pimentel/AFP)

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Imagens impactantes marcaram uma operação policial no Rio de Janeiro, que visava prender Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, um dos traficantes mais procurados da cidade. A ação, que envolveu carros blindados e helicópteros, transformou a Avenida Brasil e a Linha Vermelha em um verdadeiro campo de batalha, com explosões de granadas e disparos de armas pesadas, gerando pânico entre motoristas e passageiros. A facção de Peixão, o Terceiro Comando Puro, estabeleceu barricadas e fossos nas ruas de comunidades como Parada de Lucas e Vigário Geral, permitindo que o traficante escapasse sem dificuldades.

Governantes locais, como o governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes, criticaram a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635 (ADPF das Favelas), que visa reduzir a letalidade policial. Castro afirmou que a ADPF limita a atuação da polícia e fortalece o crime, enquanto Paes pediu o fim das restrições, alegando que a cidade se tornou um "resort para delinquentes". Ambos solicitaram participação no julgamento da ADPF no Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que a decisão afeta a segurança urbana.

O senador Flávio Bolsonaro também se posicionou contra a ADPF, prometendo trabalhar para derrubar a decisão do STF, enquanto outros políticos, como Fabiano Contarato, defendem que a segurança deve ser garantida sem violar direitos. O ministro Edson Fachin, que votou pela manutenção das regras da ADPF, propôs medidas como o uso de câmeras corporais e a proibição de disparos de helicópteros, enfatizando a necessidade de um controle mais rigoroso das operações policiais.

Pesquisadores e especialistas em segurança pública, como Ignacio Cano e Daniel Cerqueira, destacam que a ADPF não impediu a presença policial nas comunidades e que a redução da letalidade policial deve ser vista como uma conquista. Cano observou que as mortes por intervenções policiais caíram 60% desde 2019, enquanto Cerqueira criticou a narrativa de que a ADPF engessou as polícias, ressaltando que a segurança pública deve ser baseada em planejamento e não em ações violentas.

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