28 de fev 2025
Centrão pressiona por nome externo na articulação política e critica fortalecimento de Gleisi
O governo Lula enfrenta desafios políticos após a saída de Alexandre Padilha da SRI. Gleisi Hoffmann é cotada para assumir a SRI, mas gera preocupações no Centrão. A escolha do novo ministro pode impactar alianças e articulação no Congresso. Ministros do Centrão preferem um nome fora do PT para a SRI, como Isnaldo Bulhões. Lula busca maior "agressividade" na política, indicando possíveis mudanças na Esplanada.
Lula conversa com Padilha, que assumiu a pasta da Saúde e deixou vago o comando da Secretaria de Relações Institucionais (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo)
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Integrantes de partidos do Centrão, incluindo ministros do governo, expressaram descontentamento com a possibilidade de o PT manter o comando da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) após a saída de Alexandre Padilha. O clima de incerteza aumentou com as menções frequentes à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como uma das favoritas para a posição. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já indicou que tem um nome em mente, mas ainda precisa discutir a escolha com o indicado.
Além de Gleisi, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, também é cogitado, embora tenha recusado sondagens para assumir a SRI. A maioria dos ministros do Centrão acredita que deixar a pasta sob controle do PT prejudicaria a articulação política e a manutenção de apoio no Congresso. O líder do MDB, Isnaldo Bulhões, é visto como uma opção preferida por políticos fora do PT, mas sua falta de contato direto com Lula pode dificultar sua nomeação.
O atual ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também é mencionado como possível sucessor, mas nega interesse em deixar seu cargo. A avaliação entre os partidos de centro é que Gleisi tem um perfil rígido nas relações com parlamentares, o que poderia complicar a busca por alianças para as eleições de 2026. Apesar disso, aliados de Gleisi argumentam que ela poderia facilitar o diálogo no Congresso, dado seu histórico de articulação na campanha de 2022.
Lula, que busca aumentar a visibilidade dos programas do governo, destacou a necessidade de mais "agressividade" nas políticas e mencionou que mudanças na Esplanada devem ser concluídas após o Carnaval. Ele enfatizou a importância de escolher um sucessor que traga resultados efetivos, evitando erros na seleção de novos integrantes para sua equipe.
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