Política

Congresso se reúne para validar acordo que libera emendas parlamentares suspensas

O Congresso Nacional realizará sessão conjunta para referendar acordo com o STF. Câmara aprovou projeto que aumenta rastreabilidade, mas com brechas para ocultar padrinhos. Proposta foi aprovada com 361 votos a favor e 33 contra, com oposição do Novo e PSOL. CMO terá mais controle sobre emendas, mas qualquer parlamentar poderá indicar emendas. Acordo com STF visa aumentar transparência após meses de embate sobre pagamentos.

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional, no final do ano passado (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional, no final do ano passado (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Ouvir a notícia

Congresso se reúne para validar acordo que libera emendas parlamentares suspensas - Congresso se reúne para validar acordo que libera emendas parlamentares suspensas

0:000:00

O Congresso Nacional realizará uma sessão conjunta entre a Câmara e o Senado às 10h desta quinta-feira para referendar um acordo que libera o pagamento das emendas parlamentares suspensas pelo STF. A reunião, conduzida por Davi Alcolumbre, tem como única pauta a alteração de uma resolução interna, visando dar validade ao acordo por meio de um Projeto de Resolução apresentado pelas mesas das duas Casas. O plano de trabalho, homologado na semana passada, busca aumentar a transparência e a rastreabilidade das destinações de verbas, respondendo a questionamentos do ministro Flávio Dino.

Hoje, a Câmara aprovou um projeto de resolução com mecanismos para aumentar a transparência das emendas, obtendo 361 votos favoráveis e 33 contrários. Os partidos Novo e PSOL se manifestaram contra a proposta, que ainda será votada pelo Senado. O projeto é resultado de um acordo com o STF para garantir mais clareza sobre os recursos, encerrando um embate que se arrastava desde o segundo semestre de 2024. O pagamento de parte dos recursos ficou suspenso por meses devido à falta de critérios de transparência.

Entretanto, a proposta aprovada apresenta brechas que podem permitir a ocultação dos padrinhos das emendas de comissão. Os líderes partidários assinarão as indicações feitas pelos parlamentares, mas sem identificar os autores. O Congresso se comprometeu a identificar os autores das emendas de relator e de comissão, atendendo às determinações do STF. Essas emendas foram utilizadas no chamado "orçamento secreto", e a falta de informações sobre os responsáveis ainda persiste.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) terá mais poder sobre as emendas de comissão, com a possibilidade de qualquer parlamentar indicar emendas, independentemente de sua participação no colegiado. Um artigo que criava uma Secretaria Especial de Orçamento Público foi excluído após pressão dos deputados, evitando a percepção de interferência política na CMO. Atualmente, a CMO é assessorada por técnicos das consultorias de orçamento das duas Casas, que garantem a avaliação da adequação das votações aos princípios de transparência e impessoalidade.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela