Universidades dos EUA enfrentam crise com cortes de gastos e congelamento de contratações

A crescente onda de cortes de gastos nos Estados Unidos está levando universidades a adotar medidas drásticas, como congelamento de contratações e restrições em viagens e aumentos salariais. Instituições como o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Universidade da Pensilvânia já implementaram essas políticas, enquanto outras consideram demissões e licenças. A dependência de financiamentos federais para sustentar pesquisas e bolsas de estudo torna o cenário ainda mais preocupante, com cortes significativos em subvenções e a suspensão de novas aplicações.

O governo federal, sob a administração de Donald Trump, tem restringido várias fontes de receita para as universidades, incluindo a National Institutes of Health e outras agências que interromperam subvenções de pesquisa. Além disso, a Departamento de Educação dos EUA investiga 60 instituições por possíveis atos de discriminação, o que pode resultar em cortes adicionais. Recentemente, a administração cancelou US$ 400 milhões em contratos com a Universidade de Columbia e suspendeu US$ 175 milhões em financiamento para a Universidade da Pensilvânia.

As consequências dessas ações são visíveis, com universidades como a Universidade de Pittsburgh anunciando congelamento de contratações para todos os cargos. O Instituto Interdisciplinar de Inteligência Artificial da Universidade de Maryland, que planejava contratar 40 professores, agora deve reduzir esse número para apenas três ou quatro. Medidas de contenção incluem a suspensão de aumentos salariais, promoções e gastos com eventos, o que impacta negativamente a moral dos funcionários.

Além disso, muitas universidades estão limitando a admissão de novos alunos de pós-graduação. O MIT e a Universidade da Virgínia Ocidental, por exemplo, já reduziram o número de vagas. A situação é crítica, com pesquisadores enfrentando restrições no uso de fundos de pesquisa até que os recursos sejam oficialmente disponibilizados, o que pode atrasar significativamente o progresso acadêmico e científico.