Trump ataca universidades de elite e ameaça competitividade econômica dos EUA

A administração Trump tem intensificado sua oposição às universidades de elite, cortando bilhões em subsídios de pesquisa e deportando estudantes internacionais por suas opiniões políticas. Essas ações, que visam instituições como Harvard e Princeton, são vistas como uma ameaça à competitividade global dos Estados Unidos, especialmente em áreas como tecnologia e inovação.

As universidades são fundamentais para o crescimento econômico em regiões como Boston, Austin e Silicon Valley, onde geram avanços científicos e formam profissionais qualificados. Segundo o think tank Brookings Metro, quarenta e quatro dos cem condados com maior produção econômica nos EUA abrigam universidades que estão entre as cem principais receptoras de subsídios federais. Essas instituições são essenciais para a pesquisa básica que alimenta indústrias inovadoras.

O impacto das medidas de Trump se estende além das universidades. A redução de financiamento da National Science Foundation e a suspensão de subsídios afetam diretamente a infraestrutura de pesquisa, levando a cortes significativos. A Universidade Johns Hopkins, por exemplo, perdeu R$ 800 milhões em contratos devido a essas políticas, resultando na demissão de cerca de dois mil funcionários.

Além disso, a deportação de estudantes internacionais pode desencorajar talentos globais de escolher os EUA como destino educacional. O presidente da Câmara de Comércio de Madison, Zach Brandon, destacou que “a pesquisa básica de hoje é a inovação do futuro”, alertando que a interrupção desse fluxo pode levar a uma seca de inovações. As ações da administração Trump, portanto, não apenas afetam as universidades, mas também podem comprometer a posição dos Estados Unidos na corrida tecnológica global.