24 de mar 2025
Argentinos se mobilizam em massa contra o negacionismo da ditadura promovido por Milei
Argentinos se mobilizam em protesto contra o negacionismo do governo Milei, reafirmando a luta pelos direitos humanos e a memória histórica.
Milhares de pessoas marcham em direção à Praça de Maio para comemorar o 49° aniversário do Dia Nacional da Memória pela Verdade e pela Justiça. (Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE)
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Marcha em Comemoração ao Golpe de 1976
Neste 24 de março, dezenas de milhares de argentinos se reuniram na Plaza de Mayo para marcar o 49º aniversário do golpe militar que instaurou a ditadura mais violenta da América Latina. A manifestação, que celebra o Dia da Memória, também expressou um forte repúdio ao negacionismo promovido pelo governo de Javier Milei, que questiona as políticas de direitos humanos e a cifra de 30.000 desaparecidos.
As Madres e Abuelas de Plaza de Mayo lideraram a marcha, acompanhadas por partidos políticos, sindicatos e cidadãos. Estela de Carlotto, presidente das Abuelas, afirmou: “Não esquecemos, não perdoamos e não nos reconciliamos”. O governo, por sua vez, divulgou um vídeo onde o ideólogo da ultradireita, Agustín Laje, defende que a Argentina estava em uma “guerra” contra o comunismo, minimizando a responsabilidade dos militares.
A resposta à retórica governamental foi massiva, com a Plaza de Mayo e as avenidas adjacentes lotadas. A coluna mais numerosa foi da La Cámpora, movimento da juventude kirchnerista, que partiu do ex-centro de detenção da ESMA, agora um museu. O governo de Milei tem desmantelado iniciativas relacionadas à memória histórica, e a Confederação Geral do Trabalho (CGT) anunciou uma huelga geral de 24 horas para 10 de abril.
As manifestações contra Milei têm se intensificado, refletindo a crescente insatisfação popular, especialmente entre os aposentados, cujas pensões não cobrem nem um terço da cesta básica. Com as eleições legislativas se aproximando, a oposição começa a se mobilizar, enquanto o governo enfrenta críticas por seu discurso e ações em relação aos direitos humanos, que até então eram respeitados no país.
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